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França e Alemanha querem papel mais influente da ONU no Iraque

Líderes se reuniram com premiê inglês, mas não chegaram a consenso

As três maiores potências da Europa tentaram reparar suas desavenças sobre o Iraque neste sábado, dia 20, mas o presidente francês Jacques Chirac disse que as diferenças com a Grã-Bretanha continuam.

– Nossos pontos de vista não são muito convergentes. Sobre os termos técnicos e os prazos, ainda não chegamos a um acordo – disse Chirac em coletiva de imprensa após uma cúpula em Berlim com o chanceler alemão Gerhard Schroeder e o premiê britânico Tony Blair.

Chirac e Schroeder, duros oponentes da guerra liderada pelos Estados Unidos para derrubar Saddam Hussein, agora querem um papel muito mais influente para a Organização das Nações Unidas (ONU) e uma transição mais rápida para a democracia no Iraque.

– É importante dar às Nações Unidas um papel maior – disse Schroeder.

Ele reafirmou a posição da França de que o Iraque, agora sob a administração norte-americana, deve obter a soberania em poucos meses. Já o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, ridicularizou a noção de que Washington pudesse entregar o poder da noite para o dia. Chirac estava bem menos otimista que Blair, que destacou as causas comuns dos três líderes.

– Todos nós queremos ver um Iraque estável. Todos nós queremos ver o Iraque fazer uma transição para o governo democrático o mais rapidamente possível. Todos nós queremos ver um papel central para as Nações Unidas. Eu acho que, sejam quais forem as posições diferentes sobre o conflito, o mundo inteiro tem um interesse em ver essas coisas acontecendo. Quanto a mim, tenho certeza de que, apesar das diferenças, elas podem ser resolvidas, e eu tenho certeza que o serão – disse Blair.

A breve cúpula ofereceu uma oportunidade para todos os lados emendarem suas relações bastante prejudicadas pelo apoio de Blair à invasão liderada pelos EUA do Iraque, em março. Mas as diferenças políticas estavam refletidas na linguagem corporal: o polido aperto de mãos de Schroeder com Blair foi bem mais frio que seu jovial tapinha nas costas de Chirac.

Tanto a França quanto a Alemanha foram contrárias à guerra, argumentando que os inspetores da ONU deveriam ter recebido mais tempo para vasculhar o Iraque em busca de pistas dos supostos programas de armas de Saddam.

As informações são da agência Reuters.

 
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