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Grupo extremista faz ameaças de terror se Arafat for expulso

UE diz que expulsão de Arafat seria "erro terrível"

As Brigadas dos Mártires da Al-Aqsa, facção armada do grupo político Fatah de Arafat, responsável por dezenas de atentados suicidas contra Israel, ameaçaram golpear o Estado judeu "em todas as partes" se a promessa de expulsão do líder palestino Yasser Arafat for cumprida.

Nesta quinta, dia 11, quando o governo divulgou sua intenção de "remover" Arafat de Israel, líderes do Fatah conclamaram seus seguidores para que permaneçam em tempo integral no quartel general palestino para proteger o presidente de qualquer tentativa israelense de levá-lo ao exílio. Milhares de palestinos tomaram as ruas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza para protestar contra a decisão do governo israelense.

A decisão do governo israelense de expulsar o líder Yasser Arafat em resposta à recente onda de terror em Israel provocou reações de fúria no país e nos territórios ocupados nesta sexta, aumentando ainda mais a tensão no já explosivo Oriente Médio.

Na noite de ontem, o gabinete de segurança de Israel anunciou que iria exilar Arafat, acusando-o de ser um obstáculo para a paz no Oriente Médio que precisa ser removido. O governo Sharon afirmou, entretanto, que não expulsará o líder palestino imediatamente, por saber da oposição veemente dos EUA à medida – que poderia aumentar ainda mais a violência e a instabilidade no Oriente Médio.

No começo da manhã desta sexta, dia 12, a polícia de Israel invadiu um complexo do lado de fora da mesquita de Al-Aqsa para dispersar uma multidão de jovens palestinos que atiravam pedras contra fiéis judeus no Muro das Lamentações, localizado logo abaixo. A calma foi restaurada rapidamente no local sagrado, mas o episódio alarmou as forças de segurança: a região foi o pivô da atual Intifada (a revolta palestina) quando, no dia 28 de setembro de 2000, o então ministro da Defesa Ariel Sharon visitou o local, enfurecendo palestinos.

A Comissão Executiva da União Européia (UE) disse nesta sexta que a expulsão do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, por parte de Israel seria um "erro terrível" e que os 15 países do bloco europeu manteriam seus contatos com Arafat, caso ele seja exilado. O porta-voz da comissão Diego Ojeda declarou que as conseqüências de um possível afastamento de Arafat podem ser muito graves.

Com informações da agência Reuters

 
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