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Brasil quer na agricultura mesma vitória obtida nos genéricos

Países subdesenvolvidos defendem, no México, reformas no setor agrícola

A recente "vitória" dos países subdesenvolvidos na batalha para ter acesso a medicamentos genéricos pode ajudar os Estados mais pobres a conseguir concessões dos países ricos na questão dos subsídios agrícolas, disse o Brasil nesta quarta, dia 10.

As exigências por uma reforma no setor agrícola, apresentadas por um grupo de 21 países subdesenvolvidos na conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC) iniciada nesta quarta em Cancún (México), eram um pedido de "justiça social", disse o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim.

– Isso leva em conta a situação dos pequenos agricultores pobres e, simultaneamente, favorece a abertura do comércio mundial, o que favorecerá esses pequenos agricultores – afirmou o chanceler a jornalistas durante o encontro de cinco dias.

Os ministros do Comércio de 146 países-membros da OMC reúnem-se para retomar as negociações sobre o comércio mundial, paralisadas, entre outros motivos, por causa das desavenças em torno dos subsídios pagos pelos países ricos a seus agricultores.

Os países subdesenvolvidos dizem que os subsídios distorcem o comércio mundial.

– A grande diferença entre este encontro da OMC e os outros é que a justiça social não está sendo discutida apenas nas ruas. Estamos discutindo a justiça social aqui dentro – afirmou Amorim.

O Brasil é um membro importante do grupo de 21 Estados, entre os quais estão tradicionais exportadores de produtos agrícolas, como a Argentina, a China e a Índia. O grupo reúne cerca de dois terços dos agricultores do mundo.

Amorim, ex-embaixador do Brasil na OMC, disse que o acordo sobre medicamentos, selado em Genebra (Suíça) no final de agosto após meses de negociações, mostrou o que os países subdesenvolvidos podem fazer quando se unem e contam com o apoio da opinião pública mundial.

– Essa proposta faz na agricultura mais ou menos a mesma coisa que fizemos na área dos medicamentos, onde obtivemos uma grande vitória. Tivemos o apoio da opinião pública, mesmo daquela dos países desenvolvidos – afirmou.

O acordo sobre os remédios permite que os países pobres ignorem as leis de patente para combater doenças como a Aids e a malária.

 
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