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Annan alerta países ricos sobre risco de não ajudarem os pobres

Carta do secretário-geral da ONU foi lida na abertura de reunião da OMC

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, advertiu os países ricos nesta quarta, dia 10, sobre o risco de uma reação política caso não acabem com os subsídios agrícolas que ajudam a deixar o mundo em desenvolvimento na pobreza. Em um fervoroso apelo lido em seu nome no começo da reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Cancún, Annan disse que as vítimas do comércio injusto podem ser contadas aos bilhões.

– Infelizmente, a realidade do sistema de comércio internacional não corresponde à retórica. Ao invés da abertura dos mercados, há muitas barreiras que impedem o desenvolvimento, sufocam e subjugam pela fome – afirmou Annan.

Exatamente quanto os países precisam dar amparo para a estrutura de segurança multilateral, enfraquecida pelas discórdias em relação à guerra do Iraque, a fé no sistema multilateral de comércio terá que ser reconstruída.

– Sem o progresso agora, a amargura de hoje pode se tornar na reação de amanhã – afirmou o secretário-geral da ONU.

Segundo o Banco Mundial, 144 milhões de pessoas poderiam deixar para trás os níveis de pobreza em 2015 se o novo acordo do comércio mundial conseguir acabar com os US$ 300 bilhões em subsídios concedidos pelos países ricos a cada ano, tornando impossível para as nações pobres competirem.

– Essas barreiras e subsídios nos países desenvolvidos devem ser reduzidos o mais rápido possível pelo bem da humanidade – afirmou Annan.

Ele disse que os ministros dos 146 países reunidos em Cancún têm uma enorme responsabilidade em produzir resultados que reflitam as aspirações dos países pobres.

– Suas decisões podem fazer a diferença entre pobreza e prosperidade, até mesmo entre a vida e a morte, para milhões e milhões de pessoas. Vocês devem, no longo prazo, tornar em ações as belas palavras que estão em perigo de perderem o significado. Façam com que Cancún envie ao mundo uma mensagem de esperança: que o comércio vai trazer o bem para todos – disse o secretário-geral.

As informações são da agência Reuters.

 
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