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 | 31/08/2003 15h36min

Funeral de aiatolá reúne milhares de iraquianos

Líder xiita deverá ser enterrado em Najaf na terça

O ritual funerário do aiatolá Mohammed Baqer al-Hakim foi acompanhado por milhares de iraquianos neste domingo, dia 31, ao norte de Bagdá. O clérigo muçulmano xiita faleceu na sexta, dia 29, na explosão de um carro-bomba na mesquita Imã Ali, em Najaf. O atentado, o pior desde o fim da guerra no Iraque, vitimou pelo menos 83 pessoas, de acordo com o governador da região Haidar al-Mayyali. Anteriormente, fontes hospitalares tinham dito que pelo menos 95 pessoas morreram.

Mulheres vestidas de preto e homens com o peito à mostra tomaram as ruas da mesquita Mousa al-Kadhim no sábado, dia 30, para o início dos rituais. Eles cantaram e bateram nos peitos enquanto o caixão era levado pela multidão, antes de ser colocado em um caminhão vigiado por homens armados. O corpo de Hakim será levado a vários locais reverenciados por muçulmanos xiitas e deve ser enterrado na terça, dia 2, na cidade sagrada de Najaf.

Uma autoridade do Conselho Supremo para a Revolução Islâmica no Iraque – que segue uma política de cooperação cautelosa com as forças de ocupação lideradas pelos Estados Unidos – disse que os norte-americanos têm parte da culpa pelo ataque de sexta, dia 29, por não terem adotado as medidas de segurança adequadas, conforme exigência da lei internacional.

– Acho que os americanos têm culpa – disse  Adel Abdul Mahdi, porta-voz do grupo.

Mohammed Bahr al-Uloum, importante líder xiita, disse que suspendeu sua participação no Conselho de Governo do Iraque indicado pelos EUA em protesto pelo assassinato de Hakim.  Ele revelou em comunicado que há um "perigoso vácuo de segurança no Iraque, principalmente em Najaf.''

As informações são da agência Reuters.

 
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