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 | 25/08/2003 22h30min

Maior jogador da história, Sampras dá adeus às quadras

Despedida do norte-americano ocorreu em cerimônia no Aberto dos EUA

O maior jogador da história do tênis deu adeus às quadras na noite desta segunda, dia 25. Em uma cerimônia carregada de emoção no Estádio Arthur Ashe, em Flushing Meadows, Nova York (EUA), o norte-americano Pete Sampras oficializou a aposentadoria do esporte no qual foi o maior campeão já visto, totalizando 14 títulos de Grand Slam, 64 troféus no total de mais de US$ 43 milhões em prêmios.

– Estou me aposentando porque não tenho mais nada para provar para mim mesmo – disse Sampras. – É difícil parar de fazer algo que amo fazer, mas agora vou ver meu garoto (o filho Christian Charles, que faz um ano em novembro) crescer, ser um bom marido. Eu sei no meu coração que fiz 100%. Eu não vou voltar e estou em paz com isso.

Atual campeão do Aberto dos Estados Unidos, Sampras não disputa uma partida oficial desde a épica e histórica decisão do título de 2002, contra o compatriota e principal rival durante quase 15 anos de carreira, Andre Agassi. Em um clipe especialmente gravado para a cerimônia, Agassi reverenciou o colega:

– Tive o privilégio de ser desafiado e de dividir essa rivalidade com ele (Sampras). Nunca joguei contra alguém melhor.

Os números absurdos (e quase todos recordes) da carreira do norte-americano dão uma idéia da importância de Sampras para a história do tênis mundial. Foram 286 semanas no topo do ranking mundial e um total de seis anos finalizados como o número 1 do mundo, conquistando a Masters Cup cinco vezes. É o maior campeão que o mais tradicional torneio do mundo já viu: Sampras venceu sete vezes na grama de Wimbledon.

– Antes de você eu era o dono daquele lugar – afirmou o ex-jogador alemão Boris Becker, que venceu três vezes no All England Lawn Tennis Club. – Sete títulos depois, você roubou as minhas chaves.

Aos 32 anos, Sampras é um dos maiores ídolos da atual geração que domina o tênis mundial – entre eles, o brasileiro Gustavo Kuerten, que teve a oportunidade de enfrentar o norte-americano em três ocasiões, com duas derrotas e uma vitória.

– Tenho muito respeito por ele e pelo que ele conquistou. Algumas vezes, na quadra, ele jogava num nível que ninguém conseguia alcançar. Ele foi um cara que dedicou os últimos 10, 15 anos, ao tênis, colocou objetivos e conquistou praticamente tudo o que quis – disse Guga. – Ele é um daqueles gênios do esporte, um cara que não dá nem para querer comparar com outro jogador. Nós vamos sentir falta dele e o público, com certeza, gostaria de vê-lo jogar por mais tempo.

 
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