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 | 17/08/2003 19h34min

Onda de sabotagem e mortes atinge o Iraque

Seis iraquianos, soldado dinamarquês e cinegrafista morreram no fim de semana

Uma nova onda de sabotagem e violência tomou conta do Iraque neste neste domingo, dia 17, quando um segundo incêndio atingiu um oleoduto crucial para a exportação de petróleo, uma tubulação de água foi explodida e seis iraquianos foram mortos em um ataque com morteiros em uma prisão de Bagdá. Um soldado dinamarquês foi morto quando tentava conter um saque na noite de sábado, dia 16,  e um cinegrafista da agência Reuters foi morto a tiros quando trabalhava perto de uma prisão administrada pelos Estados Unidos nos arredores de Bagdá.

Um oleoduto importante para a exportação de petróleo do Iraque para a Turquia, que os sabotadores atacaram há dois dias, pegou fogo mais uma vez neste domingo, depois de outra explosão. Um funcionário da North Oil Company no local disse que o incêncio foi provocado por uma explosão. Perto do mesmo local,  houve um incêndio na sexta, dia 15, que autoridades atribuíram a uma bomba. O governador do Iraque disse que a frágil economia do país perde US$ 7 milhões por dia devido ao ataque contra o oleoduto.

Em outro incidente violento, o Exército dos EUA informou que seis iraquianos foram mortos e outros 59 ficaram feridos em um ataque com morteiros contra uma prisão guardada por norte-americanos nos arredores de Bagdá na noite de sábado. Cerca de 500 prisioneiros iraquianos, incluindo criminosos comuns e supostos guerrilheiros anti-americanos, estão na prisão Abu Ghraib, que era uma das penitenciárias mais famosas de Saddam Hussein. Não está claro quem é responsábel pelo ataque.

O cinegrafista da Reuters Mazen Dana, 43, um palestino que trabalhava para a Reuters há uma década, estava filmando do lado de fora da prisão Abu Ghraib quando foi atingido por um tiro e morto, segundo  testemunhas. Um porta-voz da administração liderada pelos EUA no Iraque disse que uma investigação sobre a morte de Dana está sendo realizada. A morte de Dana eleva para 17 o número de jornalistas ou seus ajudantes que morreram no Iraque desde o início da guerra, em 20 de março.

Já no sul do Iraque, onde saques de cabos de cobre de eletricidade causaram blecautes e reduziram a produção de óleo, um soldado dinamarquês foi morto na tarde de sábado em um tiroteio com ladrões que roubavam linhas de energia.  Ele foi o primeiro soldado estrangeiro, além de norte-americanos e britânicos, morto no Iraque desde o lançamento da invasão para derrubar Saddam.

Os Estados Unidos  culpam os simpatizantes de Saddam e grupos militantes estrangeiros pela sabotagem da infra-estrutura do Iraque e pelos ataques contra forças norte-americanas, que já mataram 60 soldados desde que os EUA declararam que os maiores combates acabaram, em 1º de maio.

Sabotadores explodiram tubos de água que serviam o norte de Bagdá no domingo, inundando ruas da capital iraquiana. Moradores disseram que foram acordados por uma grande explosão e viram um carro fugindo da cena.

 
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