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Volkswagen inicia afastamento de quase 4 mil em São Paulo

Funcionário serão transferidos para uma unidade até criação da Autovisão

A Volkswagen do Brasil começou nesta quinta, dia 31, a enviar comunicados de transferência para 3.933 empregados considerados excedentes pela montadora e que deverão participar de programas de recolocação profissional.

A montadora decidiu levar adiante o plano anunciado na semana passada de criação da Autovisão, uma divisão que receberá investimentos de mais de R$ 300 milhões cara criar empresas que absorvam o pessoal excedente, ou 16% de seu quadro de 25 mil trabalhadores no país.

A decisão de remanejamento da Volkswagen passa a valer a partir de 1º de setembro. A partir dessa data, os postos de trabalho serão extintos, informou a montadora. Os funcionários serão transferidos para uma unidade chamada "Instituto Gente" onde receberão treinamento, continuando a receber salários e direitos estabelecidos em acordos trabalhistas até que encontrem nova vaga.

A partir do instituto os empregados poderão abrir um negócio próprio ou ingressar em uma das empresas que serão abertas pela Autovisão, acrescentou a empresa.

A proposta é considerada pelos sindicalistas das fábricas de São Bernardo do Campo e Taubaté, onde as vagas serão cortadas, como violação dos acordos de estabilidade que vencem entre 2004 e 2006. Segundo os sindicatos, estes acordos não permitem a transferência compulsória de funcionários.

– É preciso ficar claro para a montadora que os trabalhadores responderão com todas as formas de luta ao seu alcance contra qualquer ataque aos acordos – disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo.

Uma porta-voz da Volkswagen afirmou que a companhia não está desrespeitando os acordos com os trabalhadores.

– A Volkswagen está segura que tem solução para essas 3.933 pessoas, cujo custo fixo não pode mais absorver.

Os sindicatos realizaram reuniões com comissões de fábrica nesta quinta e realizam assembléias na segunda, dia 4,  para ouvir os trabalhadores. Na semana passada, Feijóo tinha afirmado que a greve está entre as "armas" que os trabalhadores podem usar.

O mercado automotivo brasileiro passa este ano por uma de suas piores crises, com encolhimento de vendas de 8,2% entre janeiro a junho e pátios lotados. Na terça, o presidente da General Motors, Walter Wieland, cobrou medidas de longo prazo do governo para recuperar a indústria e não planos que têm efeitos durante "cinco ou seis meses". A empresa recentemente adotou programa de "lay-off", dispensa temporária, para cerca de 500 funcionários, que vai durar cinco meses.

Nesta sexta, o governo instaura o Fórum de Competitividade da Cadeia Automotiva, com representantes dos ministérios do Desenvolvimento, Planejamento, Fazenda, Casa Civil e da indústria. Entre as medidas que são estudadas e pedidas pelo setor está a redução de impostos, como ICMS e IPI.

 
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