O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, levou a Botsuana nesta quinta, dia 10, uma mensagem de esperança em relação à Aids. O país é considerado por Washington um modelo de sucesso econômico e político em um continente afetado pela desordem e corrupção.

A visita de Bush está centrada nos planos norte-americanos de ampliar o comércio e a ajuda na luta contra a Aids em Botsuana, país que, na visão da Casa Branca, incentiva a democracia e a economia de mercado.

O avião presidencial Air Force One pousou em meio a forte segurança no aeroporto internacional de Gaborone, onde cerca de mil pessoas esperavam para saudar Bush. O presidente norte-americano foi recebido pelo colega Festus Mogae, enquanto um coral de estudantes cantava acompanhado por uma banda de marimbas.

Com uma população de 1,68 milhão de pessoas e área um pouco menor que a do Texas, estado natal de Bush, Botsuana vem escapando das tragédias africanas, com exceção da Aids. O país tem 38,3% da sua população infectada pelo HIV. É o maior índice de contaminados do mundo.

Bush, que tomou a Aids como um dos temas mais importantes de sua visita a cinco países da África, propôs um plano de ajuda ao continente de US$ 15 bilhões em cinco anos. Ele deverá debater a epidemia com o presidente Mogae. A esposa de Bush, Laura, visitará um hospital para mães e filhos portadores do vírus HIV.

O país tem uma das maiores rendas per capta da África – US$ 3,1 mil por ano – graças às suas reservas de diamantes. Botsuana também vem dando apoio diplomático aos EUA. Nesta semana, o país concordou em não entregar cidadãos norte-americanos ao Tribunal Penal Internacional, em Haia.

Bush recusou-se a ratificar o tribunal, que pode realizar julgamentos de crimes de guerra, por temer que seja usado com motivos políticos contra militares dos EUA no Exterior.

A viagem de Bush à África também promoverá um plano de US$ 100 milhões para a luta contra o terrorismo. O norte-americano visitará ainda uma reserva natural em Botsuana.

As informações são da agência Reuters.