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Paquistão pedirá ao EUA recompensas pela ajuda contra o terrorismo

Musharraf não acredita nas negociações com a Índia sobre a Cachemira

O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, avisou neste domingo, dia 15, que irá a Washington no final do mês pedir ao governo norte-americano mais ações para recompensar o país pela cooperação na guerra contra o terrorismo. O encontro com o presidente George W. Bush deverá ocorrer no dia 24 de junho. 

Musharraf salientou que irá pedir mais acesso no mercado para os produtos paquistaneses, mais perdão da dívida, o fim das sanções militares e uma oportunidade de comprar equipamentos militares. O Paquistão espera que o governo norte-americano perdoe o restante da dívida, que chega a 1,8 bilhão de dólares.

De acordo com Musharraf, muitos paquistaneses se sentem enganados pelos Estados Unidos, apesar do Paquistão ter recebido mais de um milhão de dólares em perdão de dívidas e centenas de milhões de dólares em ajuda desde que resolveu cooperar na guerra norte-americana contra o terrorismo. Musharraf enfrenta a oposição islâmica, que o acusa de ser uma marionete dos Estados Unidos.

– Os Estados Unidos precisam se dar conta de que o Paquistão, como membro da coalizão que tem feito tanto na frente antiterrorista, precisa receber uma assistência que seja mais visível – declarou o presidente.

Musharraf, que assumiu o poder em um golpe de estado pacífico em 1999, retirou o apoio para o regime Talibã no Afeganistão depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Além disso, ele afirmou ainda que o Paquistão não se deixará intimidar pela Índia. Ele insistiu que quer a paz na região, mas não dos termos apresentados pelos indianos. Os dois países vêm quebrando o gelo nos últimos dois meses, desde que o primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, abriu as portas para a negociação sobre a questão da Cachemira, uma região do Himalaia que foi palco de duas das três guerras entre os dois vizinhos, que têm armas nucleares. Mas Musharraf disse não estar convencido de que o comprometimento da Índia com a paz seja genuíno.

As informações são da agência Reuters.

 
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