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Governo aperta aliados no Congresso para evitar escorregões

Parlamentares deverão estar de prontidão nas sessões das comissões especiais

A coordenação política do governo resolveu endurecer seu controle sobre os aliados e as ações da oposição após o início da tramitação das reformas previdenciária e tributária nas comissões especiais da Câmara dos Deputados, e os escorregões que vem levando na Casa.

Em reunião realizada nesta quinta, dia 12, com líderes aliados, o líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), cobrou fidelidade aos deputados dos partidos aliados e determinou que os olhos estejam voltados para todos os lados.

– É preciso que haja um entendimento entre os integrantes da base do governo nas comissões – disse Rebelo. – A base vai buscar uma posição comum com relação a todas as decisões e agir de forma unificada.

Em função da expectativa de uma enxurrada de modificações nos textos das reformas, Rebelo anunciou uma espécie de enquadramento dos partidos aliados que pretendem apresentar emendas às propostas enviadas pelo Palácio do Planalto.

Ou seja, as emendas que propõem modificações aos textos originais deverão ser negociadas com a cúpula governista e apresentadas como sendo da base. A operação será realizada nos moldes como o PT vem coordenando a apresentação de suas emendas.

Além disso, vice-líderes e líderes governistas deverão estar de prontidão nas sessões das comissões especiais das duas reformas para defender as propostas do governo. Incluindo eventuais reuniões às segundas e sextas como está sendo negociado com o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT), pelo temor de que feriados atrasem o andamento das matérias.

A preocupação é evitar surpresas durante as votações ou desarticulações políticas como a ocorrida na votação da reforma tributária na Comissão de Constituição e Justiça, quando João Paulo atrapalhou a votação da matéria ao convocar os deputados para a sessão do plenário da Casa.

Também foi acertado que os governistas estarão de olhos bem abertos para algumas comissões permanentes da Casa. A partir de agora nas sessões, sempre haverá um parlamentar fiel ao Planalto para monitorar a base e os oposicionistas.

A decisão vem depois que dois ou três deputados da base ajudaram a aprovar na Comissão de Finanças e Tributação da Casa projeto de lei que quebra o monopólio da Caixa Econômica Federal para realizar operações de penhor.

Na mesma semana, deputados do PMDB, PP e PSB ajudaram os oposicionistas a aprovar uma série de convocação de autoridades e ministros para depor no Congresso. A interpretação é de que está havendo uma "exacerbação" dessas convocações e convites.

– Fiz um apelo para que estes episódios não se repitam – disse Rebelo.

Sobre o também inesperado convite para que o vice-presidente da República, José Alencar, fale sobre a queda da taxa de juros na Comissão de Economia, o líder governista foi taxativo. Não há nada no regimento que garanta isso. E o Planalto irá impedir a sua vinda.

– Este convite não tem valor regimental – disse, ao descartar a participação de Alencar na comissão.

Com informações da agência Reuters.

 
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