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Bush diz que manterá negociação de paz e critica ação de Israel

Ataque contra líder do Hamas provocou promessa de vingança do grupo militante

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, está determinado a manter o mapa da paz para o Oriente Médio, apesar do ataque de Israel contra um líder do Hamas.

Segundo Bush, o ataque pode comprometer os esforços das autoridades palestinas em conter a violência de militantes contra Israel. O presidente norte-americano afirmou, no entanto, acreditar que com liderança responsável de todos os envolvidos, será possível trazer paz à região.

– Estou preocupado que os ataques vão tornar mais difícil para a liderança palestina combater os atentados terroristas. Também não acredito que os ataques ajudaram na segurança israelense.

Israel tentou matar nesta terça, dia 10, a face pública do grupo Hamas, ferindo o líder Abdel-Aziz Al Rantissi em um ataque com um helicóptero que provocou a promessa de vingança do grupo militante islâmico. O incidente representa um novo golpe no processo de paz na região. Bush demonstrou preocupação de que o ataque contra Rantissi possa tornar mais improvável que o moderado premiê palestino, Mahmoud Abbas, controle os militantes.

Empenhado em conseguir o apoio popular à via diplomática no conflito, Abbas disse à emissora de TV Al Arabiya que "não só condenamos esses atos como os consideramos um crime".

– Já dissemos isso ao governo norte-americano e pedimos que ele intervenha imediatamente para salvar o processo de paz – afirmou.

O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, disse que permanece comprometido com o plano de paz, mas que vai "continuar combatendo os terroristas enquanto não há alguém do outro lado que o faça". O plano de paz apoiado pelos EUA prevê a criação de um Estado palestino até 2005

Segundo o porta-voz de Sharon, Raanan Gissin, a ação contra Rantissi foi uma demonstração da declaração do premiê israelense. Gissin disse à rede CNN que Rantissi estava coordenando os ataques do Hamas e de dois outros grupos, incluindo uma ação contra militares em Gaza, que deixou quatro soldados mortos.

Testemunhas disseram que os helicópteros israelenses dispararam sete mísseis contra o carro de Rantissi, que pegou fogo, na Cidade de Gaza. Duas pessoas teriam morrido e cerca de 20 ficaram feridas. Rantissi, 55, conseguiu escapar do carro a tempo e foi ferido levemente com estilhaços.

O Hamas respondeu ao ataque lançando foguetes contra a cidade israelense vizinha de Sderot. Cinco pessoas foram internadas em estado de choque. A ação provocou uma segunda ofensiva dos helicópteros israelenses, desta vez com três mortos e 32 feridos. De acordo com o Exército israelense, nesse segundo ataque os alvos eram militantes do Hamas que foram vistos fugindo da região a partir da qual tinham lançado os foguetes contra Sderot.

O grupo Izz Al Deen Al Qassam, braço militar do Hamas, declarou "estado de alerta máximo" e convocou suas células a "atacar o inimigo sionista em qualquer parte de nossa terra ocupada" – conceito que, para o Hamas, abrange a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e também Israel.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, disse que a ação israelense vai complicar os esforços do novo primeiro-ministro palestino para frear a violência dos grupos militantes. Annan, integrante do quarteto de mediadores nas negociações no Oriente Médio, condenou o uso desproporcional da força de Israel e fez um apelo para que os líderes israelenses e palestinos "mostrem sabedoria, coragem e prudência"' para a implementação do novo plano de paz proposto pelo quarteto diplomático, integrado por Estados Unidos, ONU, União Européia e Rússia.

 
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