O grupo militante islâmico Hamas repetiu, neste sábado, dia 7, que vai manter os ataques suicidas contra os israelenses. Segundo os líderes da organização extremista, para que os atentados cessem o primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, deverá se retratar das recentes declarações que fez durante a cúpula liderada pelos Estados Unidos.

Abbas pediu a desmilitarização do levante palestino por independência. O Hamas acusa o premiê de ignorar questões-chave, como o direito de retorno de refugiados palestinos ao que é agora Israel e o futuro de Jerusalém. As duas questões estão incluídas no "mapa da paz", plano para solucionar os conflitos no Oriente Médio elaborado pelos Estados Unidos.

Os líderes do Hamas suspenderam na sexta, dia 6, as conversações com Abbas sobre o fim da violência e afirmaram que vão conversar com outras facções palestinas para forjar uma posição unificada sobre a cúpula entre EUA, Israel e Palestina na Jordânia, que aconteceu na última quarta.

Sob pressão para ordenar sanções severas contra os militantes, Abbas tentou persuadir o Hamas a suspender os ataques aos israelenses depois do encontro histórico. O gabinete de Abbas afirmou que ele vai tentar retomar as conversações com o Hamas durante uma visita à Faixa de Gaza neste domingo.

– O assunto está encerrado, a não ser que Mahmoud Abbas volte atrás em seu discurso na Jordânia – afirmou Abdel-Aziz al-Rantisi, um dos líderes do Hamas, na rede de TV Al-Jazeera.

O plano de paz pede o fim da violência entre israelenses e palestinos e ações para a construção de confiança recíproca, incluindo um congelamento da expansão dos assentamentos judeus em territórios árabes ocupados, levando ao estabelecimento de um estado palestino em 2005.

As informações são da agência Reuters.