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Paim é barrado ao tentar entregar alternativa à reforma da Previdência

Vice-presidente do Senado não foi recebido por ministro Ricardo Berzoini

O vice-presidente do Senado, o petista Paulo Paim, tentou entregar uma proposta alternativa à reforma da Previdência para o ministro Ricardo Berzoini nesta terça, dia 3. mas não conseguiu. Parou na ante-sala do gabinete.

– Eu só peço 30 segundos para entregar a proposta em mãos para o ministro. Só vim aqui porque fui convidado, não quis causar nenhum constrangimento. Eu recebo todos os ministros que me procuram na vice-presidência do Senado – disse Paim ao chefe de gabinete do ministro, na frente de câmeras de pelo menos seis emissoras de televisão.

A insistente negativa por parte do ministro, segundo a chefia de gabinete, foi um "problema de agenda", apesar de o encontro com o senador estar marcado há duas semanas. A assessoria de imprensa não informou quem estava reunido com Berzoini.

No início de maio, o senador gaúcho já havia expressado seu desacordo com a proposta do governo em uma sessão plenária no Congresso, dando maior força à onda de votos dissidentes às reformas dentro do PT. Na ocasião, Paim recebeu um "puxão de orelhas" do líder do partido no Senado, Tião Viana (AC), que defendeu uma discussão interna sobre as propostas.

Apesar do texto da reforma já estar tramitando na Câmara, Paim acredita que alguns pontos ainda podem ser mudados. Na proposta entregue nesta terça ao ministro, por meio de seu chefe de gabinete, Paim faz 19 sugestões, entre elas a de que se crie um mecanismo de transição entre o sistema novo, que será criado pela reforma, e o antigo.

– Não é possível legislar para trás – disse, após ser recebido pelos técnicos do ministério.

Paim também é contrário à taxação dos servidores aposentados e diz que, se as propostas não forem aceitas, irá propor emendas quando o texto chegar ao Senado. Em maio, ao se contrapor à taxação dos inativos, Paim disse que votaria contra o PT "pela primeira vez em 17 anos" se a taxação fosse levada adiante.

– Tenho certeza que o texto vai mudar até chegar lá – afirmou Paim.

Segundo ele, há simpatia por parte do governo para acatar algumas das sugestões.

As informações são da agência Reuters.


 
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