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 | 26/05/2003 23h31min

Agências reguladoras se encontram em Gramado para discutir seu papel

Dificuldades financeiras foi outro ponto central do 3º Congresso do setor

As agências reguladoras brasileiras discutiram as mudanças no setor no 3º Congresso Brasileiro de Regulação de Serviços Concedidos. O evento foi realizado nesta segunda, dia 26, em Gramado. Temas como a participação popular nos órgãos e sua manutenção financeira foram os principais pontos do encontro. Criadas no governo Fernando Henrique, os órgãos, atualmente, sofrem com a falta de recursos na administração de Luiz Inácio Lula da Silva.

O contingenciamento dos recursos públicos destinados às agências é um dos principais pontos de conflito com o governo federal. Para cumprir a meta de superávit primário de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB), o governo federal está retendo cerca de 50% do orçamento das agências.

A Associação Brasileira das Agências de Regulação (Abar) divulgou um documento logo no início do congresso. Um dos trechos mais polêmicos é um parecer do advogado Floriano de Azevedo Marques Neto, que sugere a possibilidade de as concessionárias entrarem na Justiça contra o recolhimento da taxa de fiscalização.

As concessionárias recolhem 0,5% do faturamento líquido para fiscalização e regulação, mas só 0,25% está sendo aplicado para essa finalidade. Segundo Zevi Kann, presidente da Abar, as empresas podem pedir retorno desse valor, ou para deixar de recolher. A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, afirmou que uma solução para parte do problema está em negociação, mas não quis adiantar o valor a ser liberado.

Dilma também disse concordar com a autonomia financeira das agências, mas dentro de um quadro de redefinição das funções que contemple a limitação do papel desses órgãos à regulação propriamente dita e à fiscalização. Kann ressaltou que as agências não abrem mão de sua "cesta básica": autonomia, mandatos não coincidentes com os do governo federal e acesso irrestrito aos recursos.

A Abar reúne diretores de 22 agências reguladoras do país, entre as quais ANP e Aneel. A Anatel não integra a associação.    

As informações são da Zero Hora.


 
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