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EUA capturam ex-chefe do programa biológico do Iraque

Microbiologista conhecida como "Doutora Germe" e ex-chefe do Estado Maior do Iraque estão sob custódia americana

Forças norte-americanas capturaram a microbiologista iraquiana conhecida como "Doutora Germe", por ter chefiado o programa de guerra biológica durante o regime do presidente Saddam Hussein, disseram autoridades nesta segunda, dia 12.

Além dela, o ex-chefe do Estado Maior iraquiano Ibrahim Ahmad Abd al Sattar Muhammad al Tikriti também está sob custódia dos Estados Unidos, segundo uma autoridade de defesa. Ele é o número 11 da lista dos 55 iraquianos mais procurados pelos EUA.

A microbiologista Rihab Rashid Taha Al-Azzawi al Tikriti, que tem doutorado pela University of East Anglia, da Grã-Bretanha, é casada com o ex-ministro do Petróleo iraquiano Amir Muhammed Rasheed. Ele se rendeu às forças dos EUA em 28 de abril e era o número 47 da lista norte-americana.

Amir conduziu a indústria militar do Iraque até se tornar ministro do Petróleo em 1995. Taha não figurava na lista.

– Ela tem uma formação em armas biológicas, então isso é obviamente importante para nós – disse o major Brad Lowell, porta-voz do Comando Central dos EUA.

Autoridades indicaram que Taha se rendeu às forças norte-americanas, mas não deram outros detalhes. O anúncio sobre a cientista acontece uma semana depois de ter sido divulgado que uma segunda cientista iraquiana ligada ao programa de armas biológicas de Saddam havia sido detida.

A microbiologista Huda Salih Mahdi Ammash, educada nos EUA, era a única mulher a aparecer na lista norte-americana. Ela era conhecida como "Senhora Antraz".

Os EUA acusavam o governo derrubado de Saddam Hussein de possuir grandes estoques de armas biológicas e químicas, o que teria sido um dos motivos principais para a guerra. Até agora, no entanto, equipes de inspeção norte-americanas não encontraram tais armas no país.

Armas biológicas são produzidas com microorganismos vivos e toxinas biológicas usados deliberadamente para matar e contaminar pessoas. Em uma entrevista este ano ao programa ABC News, Taha afirmou que seu trabalho protegia iraquianos de Israel.

– Não fizemos nada para ferir ninguém. É nosso direito sermos capazes de nos defender. Tudo o que fizemos foi um meio de intimidação. Nada além disso – explicou.

Inspetores de armas da ONU apelidaram-na de "Doutora Germe" por seu papel relacionado a micróbios para guerra. Embora ela fosse conhecida por sua atitude enfurecida durante depoimentos a autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU), o processo de inspeções de armas do órgão teve um papel de destaque em sua vida pessoal.

Ela conheceu seu marido durante conversas sobre inspeções da ONU em 1993, em Nova York, e se casou com ele depois de Rasheed ter se divorciado. No começo dos anos 1980, ela estudou toxinas de plantas na University of East Anglia, antes de voltar ao seu país natal para trabalhar com armas biológicas.

As informações são da agência Reuters.

 
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