Haiti | 14/01/2010 15h52min
Fardados com uniformes cor de laranja, trazendo lanternas e cordas penduradas às roupas, 60 bombeiros brasileiros embarcaram nesta quinta-feira pela manhã para o Haiti. Foi a primeira missão de socorro técnico que partiu do Brasil rumo ao país caribenho. A equipe de socorristas foi recrutada em duas regiões.
A primeira turma, com 30 bombeiros, embarcou na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, no final da manhã. O segundo grupo, também com 30 homens, partiu de Brasília, onde o voo que saiu da capital fluminense fez escala. Na bagagem, eles levaram itens necessários para a retirada de sobreviventes e de corpos dos escombros.
Motosserras, detectores acústicos e geradores de energia elétrica foram os itens que mais pesaram, em um total de 8 toneladas de equipamentos transportados. O grupo levou água e alimento para uma permanência máxima de 20 dias. Militares especializados em engenharia também embarcaram no mesmo vôo da Força Aérea Brasileira, um avião Boeing KC-137,
usado pela Presidência da
República.
— A nossa equipe é preparada para situações de extrema dificuldade. Há alguns colegas que já atuaram em buscas até na África. Mas, sem dúvida, essa deve ser a mais difícil missão das nossas vidas até agora — afirmou o capitão Rafael Paiva, responsável pelo Batalhão do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.
Tão logo o Boeing decolou da Base Aérea do Galeão, outros dois aviões Hércules já foram colocados na pista. As aeronaves vão carregar água e as macas que serão utilizadas nos hospitais de campanha que estão sendo estruturados pelos militares. O tempo de permanência dos aviões brasileiros em solo haitiano é previsto para, no máximo, duas horas.
Na noite de quarta-feira, o primeiro avião com ajuda partiu levando 12 toneladas de alimentos e remédios. Nos próximos dias, uma série de outros voos está prevista para partir da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, em uma espécie de ponte aérea com o Haiti.
Cenário é de guerra no país
caribenho
É um resumo da desgraça provocada por um tremor de 7,3 graus na escala Richter que, nesta terça-feira, matou dezenas de milhares de pessoas e atingiu pelo menos 3,5 milhões. A morte de dois militares gaúchos que, em meio à miséria do Haiti, serviam às forças de paz da ONU, foi confirmada pelo Exército. Outros 12 brasileiros também morreram no tremor de 7,3 graus na
escala Richter — entre eles a missionária Zilda Arns, 73 anos.
OS DEPOIMENTOS
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Bombeiros estavam fardados com uniformes cor de laranja, e traziam lanternas e cordas penduradas às roupas
Foto:
Iara Lemos
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