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 | 05/05/2003 18h41min

FMI considera adequadas propostas de reformas enviadas ao Congresso

Palocci e Meirelles divergem sobre possibilidade de sacar parcela do acordo

O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Jorge Marquez-Ruarte, disse nesta segunda, dia 5, ao deixar o Ministério Fazenda após reunião com o ministro Antônio Palocci, que considera "adequadas" as propostas de Emenda Constitucional (PEC) encaminhadas na semana passada pelo governo ao Congresso Nacional.

– Essa é uma questão muito importante para melhorar a política econômica, a eficiência da economia e a equidade social no Brasil – comentou.

Ruarte, que chegou na noite de domingo ao país para a terceira avaliação do acordo de US$ 30 bilhões feito com o governo brasileiro no ano passado, elogiou o modo como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem encaminhado o processo das reformas tributária e previdenciária:

– As propostas foram muito discutidas com vários setores sociais e parece contar com o consenso da população. Isso para nós é muito importante.

O chefe da missão disse que não há o que recomendar ao governo, a não ser que ele siga fazendo sempre o que já está fazendo com as reformas tributária e previdenciária.

– O governo tem mostrado muita coragem, muita visão e muita perícia sobre como levar as reformas adiante – acrescentou, ao esclarecer que, embora a missão vá estudar as propostas, o Fundo não interferirá no processo, cabendo ao Congresso Nacional decidir sobre o formato que terão as emendas.

Ruarte também afirmou que a inflação no Brasil ainda é uma preocupação e está em níveis que requerem atenção, embora já mostre sinais de queda. Segundo ele, os juros no país poderão cair quando não houver mais expectativas inflacionárias.

Palocci e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, divergiram nesta segunda sobre a possibilidade de sacar ou não a parcela do acordo que pode ser liberada pelo FMI>

Pela manhã, Meirelles ressaltou que o Brasil não vai necessariamente sacar no curto prazo parte dos US$ 20 bilhões restantes do acordo firmado com o FMI.

– Eu não definiria como necessário, mas é uma questão de saber se o Brasil quer ou não reforçar as reservas internacionais – disse Meirelles.

Segundo ele, as expectativas sobre a revisão do acordo com o FMI são positivas:

– O Brasil está com sua política além das metas estabelecidas com o Fundo.

Palocci, por sua vez, afirmou ao sair da reunião com os técnicos do Fundo que o Brasil deve fazer uso dos US$ 10 bilhões a que terá direito caso cumpra as metas fixadas.

Meirelles se reúne com os técnicos do FMI na manhã desta terça. Dos US$ 30 bilhões acertados no ano passado com o FMI, cerca de US$ 10 bilhões já foram sacados pelo Brasil.

As informações são da Agência Brasil.

 
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