| 22/12/2009 10h25min
Apesar dos prejuízos da recente temporada de chuva no Rio Grande do Sul, para a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), o ano que se encerra ainda permite projetar um 2010 melhor para a agricultura.
Os próximos meses serão decisivos para lavouras importantes no Rio Grande do Sul, como milho e soja. A partir de agora, a torcida é para que eventos como as inundações das últimas semanas não se repitam. As perdas são fortes em lavouras como a do fumo, segundo o presidente da entidade, Elton Weber, mas, se o tempo permanecer estável, a safra de verão tende a ser normal.
– Ainda acreditamos que 2010 será 10 – definiu Weber nessa segunda, dia 21, em almoço de final de ano em Porto Alegre.
Como os sinais são de maior estabilidade, disse o primeiro vice-presidente da Fetag, Sérgio de Miranda, é possível pensar em um 2010 melhor do que no ano passado. No início de dezembro, a Federação da Agricultura do Estado (Farsul) divulgou previsão de uma safra 18% menor por conta da chuva, sem incluir a soja. Apesar de não arriscar números, Miranda acredita que os fortes sinais de recuperação da economia mundial depois da crise afastam o pessimismo.
Previsão recente da Companhia Nacional de Abastecimento apontou uma colheita gaúcha de 22,89 milhões de toneladas em 2010. Um dos pontos favoráveis na formação da lavoura, destacou o presidente da Fetag, foi o custo mais baixo ante o ano passado.
Mas a entidade apontou problemas a serem resolvidos. Um deles é acelerar o repasse dos mecanismos que garantam renda para a agricultura familiar. Weber citou uma verba de R$ 30 milhões para aquisição de trigo como um exemplo de ajuda anunciada, mas que ainda não saiu do papel.
Outra preocupação é a garantia da venda da produção pelos preços mínimos definidos pelo governo, o que não estaria ocorrendo, segundo Weber. No caso da saca de feijão, o preço de mercado é R$ 45, e o valor mínimo estipulado, de R$ 80.
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