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 | 11/12/2009 19h09min

Indústria de alimentação animal tem queda de 0,5% na produção em 2009

Maiores reduções ficaram nos setores de alimentação e suplementos para bovinos

Atualizada às 20h43min Mariane De Luca | São Paulo

Com menor rentabilidade, produtores de carnes reduziram os investimentos em nutrição animal este ano. Por causa disso, a indústria de ração produziu 200 mil toneladas a menos em 2009, uma queda de 0,5%. As maiores reduções ficaram nos setores de alimentação e suplementos para bovinos.

Os números da indústria de nutrição animal foram apresentados nesta sexta, dia 11, em são Paulo. Segundo os fabricantes, o desempenho não foi pior graças aos mercados de suínos e aves, que consomem mais de 70% da ração produzida no país.

A indústria de alimentação para avicultura ampliou a produção em 1,2% e nos suínos, o aumento foi de 0,2%. O maior responsável pelo recuo do setor foi o mercado de bovinos. Na pecuária leiteira, o consumo caiu quase 8% (7,9%). Na de corte, a redução foi de 6%. E o ano foi ainda pior para quem fabrica suplementos minerais, que registraram queda de 10% na produção.

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), com o milho barato, muitos produtores preferiram usar mais o grão para alimentar os plantéis e compraram menos rações e suplementos. O sindicato espera encerrar o ano com 58,4 milhões de toneladas de ração e 1,8 milhão de toneladas de sal mineral produzidas.

Para 2010, os dirigentes do Sindirações acreditam que tem duas grandes ameaças para o setor: o dólar baixo e a alta carga tributária. Mas, ainda assim, projetam um crescimento de 5% a 10% na produção do setor. E nesse sentido, a principal aposta está no mercado de suínos.

Outra esperança do setor está no mercado externo. A empresa que lidera o segmento de suplementos minerais no país, a Tortuga, conseguiu ampliar em 10% a produção este ano e pretende aumentar as exportações.

De olho nas oportunidades, a Tortuga aunciou esta semana investimento de US$ 1 milhão para ampliar os negócios do Chile e também planeja entrar na Colômbia, Venezuela e México.

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