A cidade de Rio Grande, no sul do Estado, decretou situação de emergência por causa dos prejuízos causados pela enchente da Lagoa dos Patos.

Em localidades como a ilha dos Marinheiros, a produção de hortigranjeiros está submersa. Para os agricultores, as perdas passam de 50% nas plantações de alface e cebola.

Na ilha da Torotama, a preocupação é com o excesso de água doce, o que prejudica a safra de peixes como a corvina e o bagre, que se desenvolvem na água salgada.

A previsão também é de prejuízos na safra do camarão, já que nesta época do ano as larvas do crustáceo se deslocam do oceano para a lagoa dos patos em busca de água salgada.

Normalmente, a água da lagoa escoa em direção ao mar pelo canal dos molhes da barra, mas por causa do vento sul, a água acaba represada dentro da lagoa, provocando alagamentos. O fenômeno é natural e conhecido pelo nome de maré meteorológica.

A Defesa Civil, os Bombeiros, a Brigada Militar, o Exército, a Marinha e a Prefeitura vão se reunir diariamente para elaborar o relatório dos estragos. O nível da lagoa chegou a subir cerca de um metro. Não há registros de desabrigados ou desalojados.