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 | 03/12/2009 16h35min

Preços agropecuários fecham novembro com alta de 1,48%

Produtos que registraram maiores altas foram batata, feijão e laranja

O Indice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR)1,2 encerrou o mês de novembro com variação positiva de 1,48%. O IqPR-V (produtos de origem vegetal) registrou alta de 3,20%, enquanto o IqPR-A (produtos de origem animal) terminou com variação negativa de 2,78%. As informações são do Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo (IEA).

Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo do índice, devido a sua importância na ponderação dos produtos, tanto o IqPR e o IqPR-V (cálculo somente dos produtos vegetais) registram recuos, porém terminam com variação positiva de 0,18% e 3,00%, respectivamente.

Para a variação acumulada no período de novembro/08 a novembro/09, os resultados dos índices mostram variações positivas para o IqPR de 9,78% e para o IqPR-V (vegetais) de 18,75%, já para o IqPR-A o acumulado ficou com variação negativa de 10,66%. Desconsiderando a cana-de-açúcar do cálculo do índice que no período teve uma valorização de 20,67%, os resultados acumulados nos últimos 12 meses apresentam quedas significativas, mas ainda com variação positiva, o IqPR fecha em 2,42% e o IqPR-V fica com 15,50%.

Os produtos do IqPR que registraram maiores altas no mês de novembro, em comparação com o mês anterior, foram: batata (29,73%), feijão (8,06%), laranja para indústria (7,94%), café (5,20%), algodão (4,21%) e cana (3,35%).

Para a batata, o clima foi o responsável pelas perdas na produção, atrasos na colheita e conseqüente menor oferta do produto no mercado, acarretando a alta das cotações. Neste final de safra os bataticultores paulistas alcançaram preços três vezes superiores aos do ano passado.

No caso do feijão, duas questões explicam a reversão da tendência de preços. Os preços, sistematicamente abaixo dos custos durante vários meses, desestimularam o plantio e com o encerramento dos impactos da boa safra de inverno, conforme anunciado em análises anteriores, os preços apresentam tendência de alta.

De outro lado, os lavradores mais tecnificados, que apresentam vantagens de custos agora obtêm qualidade superior numa realidade de preços em elevação, entretanto ainda menor do que aquela almejada pelos produtores, em decorrência da entrada de feijão da Bolívia. No quadro nacional há queda de preços da leguminosa. Nas laranjas, de mesa e de indústria, a ocorrência da entrada do verão elevando o consumo de sucos impacta nas cotações no sentido da recuperação, uma vez que ainda estão muito inferiores aos observados no ano passado.

As cotações internacionais maiores explicam as altas dos preços do café e do algodão, produtos relevantes no cenário nacional e para a agroindústria paulista.

Na cana, as cotações internacionais do açúcar continuam pressionando para cima os preços internos dessa matéria prima, que vai sendo utilizada em maior proporção para produção deste, com reflexos na produção de álcool combustível, com aumentos expressivos no varejo. E a cana pela sua representatividade, puxa para cima os preços agropecuários paulistas.

Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços em novembro foram: tomate para mesa (22,61%), leite tipo B (5,50%), carne suína (4,93%), ovos (4,40%), leites tipo C (3,65%) e carne bovina (3,33%).

AGÊNCIA SAFRAS
 
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