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 | 30/11/2009 03h41min

Direto de Brasília: Panetone do DEM

Klécio Santos  |  klecio.santos@gruporbs.com.br

É iminente o desligamento de José Roberto Arruda do DEM. Para não ter de expulsá-lo, a cúpula do partido espera que o próprio governador se antecipe à punição e deixe a legenda. Flagrado recebendo maços de dinheiro, Arruda saiu-se com uma justificativa que já entrou para o anedotário de Brasília: os R$ 50 mil embolsados serviriam para comprar panetones a famílias carentes.

A versão soou tão risível que agora o governador voltou atrás e disse que o dinheiro era doação de campanha.Arruda é autor de uma das cenas mais patéticas da política. Em 2001, durante o escândalo da violação do painel do Senado, acabou renunciando ao mandato aos prantos, logo depois de negar incisivamente culpa no episódio. Um ano depois já estava de volta, eleito deputado. Em 2006, virou governador. Seu modelo era apresentado como uma espécie de vitrina e exemplo de gestão pelos democratas. Arruda era cotado, inclusive, para ser vice na eleição presidencial do candidato do PSDB.

Quem acreditou na sua regeneração, quebrou a cara. Arruda é igual ao seu partido, o DEM, ex-PFL. Só trocou a embalagem. A reação inicial do partido foi solidária. José Agripino Maia chegou a dizer que estranhava uma operação policial desse porte “em ano pré-eleitoral”. Como no Brasil há eleições de dois em dois anos, na lógica do senador a Polícia Federal não poderia desencadear ofensiva contra políticos nunca.

A imagem de Arruda recebendo bolos de notas de R$ 100 parece ter devolvido ao DEM um pouco de sensatez. O temor é de que escândalo contamine o partido. Afinal, o mensalão de Arruda derruba o discurso de demos e tucanos contra o PT. Agora, cada qual tem seu próprio esquema particular de compra de apoio parlamentar.

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