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 | 30/11/2009 00h26min

Frente de Resistência garante que mais de 60% dos hondurenhos boicotou eleições

Observadores dizem que não houve incidentes, mas opositores relatam uma morte e prisões

A Frente de Resistência ao Golpe de Estado em Honduras afirmou que a abstenção nas eleições gerais realizadas neste domingo no país ficou entre 65% e 70% do eleitorado, e proclamou "a vitória sobre o golpe".

- Em termos gerais a abstenção real vai ficar entre 65% e 70% -, disse o líder camponês Rafael Alegría, um dos dirigentes da Frente que reivindica a restituição ao poder do presidente deposto Manuel Zelaya.

Alegria assinalou que - está claríssimo que há uma rejeição à legitimação do golpe, o povo deu um golpe no golpe de Estado e definitivamente vai ser difícil que ele e a comunidade internacional reconheçam estas eleições.

Honduras realizou neste domingo eleições para escolher o novo presidente, vice-presidente, deputados e integrantes das corporações locais, sem o respaldo de grande parte da comunidade internacional, que considera que o pleito se desenvolveu em um ambiente de ruptura da ordem constitucional.

Alegria afirmou que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) hondurenho de estender por uma hora a votação não é devido à alta procura dos eleitores, como alega a instituição.

- O prolongamento de uma hora a mais não é porque as filas estão cheias, mas porque tentam fazer as pessoas votarem -.

O encerramento das votações ocorreu às 17h no horário local (21h de Brasília), uma hora mais tarde do que o previsto inicialmente.

Segundo observadores locais e estrangeiros convidados, as eleições se realizaram em aparente normalidade. Mas a Frente de resistência discorda e alega que houve no mínimo uma morte e 30 prisões durante o processo.

O TSE não permitiu, até o momento, que sejam divulgados os resultados das pesquisas de boca-de-urna.

O processo eleitoral se realizou com um país ainda em crise política, devido ao golpe de Estado do dia 28 de junho, pelo qual Manuel Zelaya foi tirado da Presidência e do país, após o qual o Congresso nomeou Roberto Micheletti como presidente.

O censo eleitoral para o pleito de hoje é de 4,6 milhões de pessoas, das quais um milhão, que vive no exterior, também pode votar.

EFE
Ulises Rodríguez/ EFE / 

Eleitor exibe cédula de votação em colégio eleitoral de Honduras
Foto:  Ulises Rodríguez/ EFE


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