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 | 23/11/2009 17h18min

Dívida pública federal cai pelo segundo mês seguido

Estoque encerrou outubro em R$ 1,472 trilhão, R$ 16 bilhões a menos que o registrado em setembro

O fato de o governo ter resgatado mais títulos do que emitiu e a queda do dólar fizeram a Dívida Pública Federal (DPF) cair pelo segundo mês consecutivo. Segundo números divulgados pelo Tesouro Nacional, o estoque da DPF encerrou outubro em R$ 1,472 trilhão, R$ 16 bilhões (1,11%) a menos que o registrado em setembro.

A dívida pública mobiliária (em títulos) interna caiu 1,09%, passando de R$ 1,385 trilhão em setembro para R$ 1,370 trilhão em outubro. A queda foi provocada pelo fato de o Tesouro ter resgatado R$ 26,01 bilhões a mais do que emitiu no mês passado. O reconhecimento de R$ 10,94 bilhões em juros foi insuficiente para compensar os resgates líquidos.

A dívida pública externa encerrou o último mês em R$ 101,62 bilhões, com redução de 1,38%. De acordo com o Tesouro Nacional, o decréscimo ocorreu por causa da queda de 1,92% do dólar em outubro, além do resgate de títulos da dívida externa que venciam neste ano.

Foi o segundo mês seguido de queda na Dívida Pública Federal, que parou de crescer após o Tesouro concluir o repasse de R$ 100 bilhões para reforçar o capital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Por causa da operação, que fez parte do pacote de medidas para diminuir a escassez de crédito provocada pela crise econômica, a DPF teve aumento líquido de R$ 75,09 bilhões em 2009.

A emissão dos R$ 100 bilhões foi parcialmente compensada com o resgate de outros títulos, mas, no acumulado do ano, o empréstimo para o banco representou o principal fator que acarretou a elevação da dívida pública federal no acumulado do ano.

Apesar do decréscimo na dívida pública, o Tesouro emitiu R$ 2 bilhões em títulos para a Caixa Econômica Federal. Em outubro, o governo anunciou a injeção de R$ 6 bilhões no banco para garantir o cumprimento da demanda de crédito para os próximos anos. Sem o reforço no capital, a Caixa correria o risco de operar abaixo do limite de segurança para conceder empréstimos a partir de meados no próximo ano.

AGÊNCIA BRASIL
 
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