Os investidores que aplicarem em ações de empresas brasileiras na bolsa de Nova York passarão a pagar 1,5% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciou há pouco o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A medida vale a partir desta quinta, dia 19.

Segundo o ministro, a taxação tem como objetivo atenuar a migração de recursos para a bolsa norte-americana, que ocorreu a partir da cobrança de 2% de IOF sobre as aplicações estrangeiras no Brasil, no mês passado.

Pelo mecanismo de American Deposity Receipts (ADR), as empresas brasileiras podem captar investimentos externos por meio de ações registradas na bolsa de Nova York. As ações, no entanto, ficam depositadas num banco no Brasil, embora a aplicação seja feita no exterior.

De acordo com Mantega, a cobrança será feita quando o vendedor das ações fizer o depósito no banco aqui no Brasil. Segundo ele, investidores que queriam escapar da taxação de 2% no Brasil passaram a adquirir ADRs no exterior, em vez de comprar ações diretamente na Bolsa de São Paulo.

— Com essa medida, evitamos a migração de operações do Brasil para o exterior. Não que o desvio de recursos tenha sido grande, mas constatamos a necessidade de atenuar esse movimento e fornecer um pouco mais de igualdade de condições para quem compra ações no Brasil e no exterior — destacou Mantega.