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 | 17/11/2009 19h04min

Presidente do Incra rebate crítica sobre gastos de diárias de servidores

Mais de R$ 50 milhões foram gastos neste ano com hospedagem e alimentação

Atualizada às 20h03min Daniela Castro | Brasília (DF)

O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, nega irregularidades e critica pesquisa da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sobre assentamentos de agricultura familiar. Ele participou nesta terça, dia 17, de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, onde foi convidado a esclarecer uma série de denúncias contra o instituto.

O presidente do Incra rebateu todas as críticas. Quanto aos gastos com diárias dos servidores, ele afirmou que a reforma agrária é feita no interior  e não nas capitais, o que justificaria a despesa de mais de R$ 50 milhões realizada neste ano.

— Nós temos uma demonstração de todos os gastos de diárias com o Incra. Não há excesso. As diárias são baixas — disse Hackbart.

Mas nem todos os deputados concordam com essa versão.

— Se você tem um enorme volume de gastos dessa natureza, cada vez mais, você sinaliza pra uma ineficiência na finalidade da reforma agrária, que é dar sustentabilidade e  dar a oportunidade desses agricultores poderem se auto gerir — defendeu Duarte Nogueira (PSDB-SP).

De acordo com a ONG Contas Abertas, nos últimos seis anos, entidades ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra receberam R$ 160 milhões do governo federal. A suspeita é que o MST estaria utilizando os recursos para promover invasões de terra.

— Todos os convênios são auditados, estão dentro da lei. Onde estiver erro estamos corrigindo — declarou Hackbart.

O Presidente do Incra também não poupou a pesquisa encomenda pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. O levantamento indicou que 72% dos assentamentos agrários são ineficientes.

— A amostra está mal feita. Escolheram nove assentamentos entre 3,3 mil e o próprio Ibope disse: olhe mandaram essa amostra. Então, a amostra está viciada — avaliou o dirigente.

— O Brasil já distribuiu uma Europa inteira em termos de terra. As pessoas não conseguem tirar o mínimo para sobrevivência e é evidente que esse modelo tem que ser revisto — concluiu o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

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