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 | 15/11/2009 12h50min

Erradicação da aftosa é debatida em evento no Piauí

Intenção é que os rebanhos brasileiros estejam livres da doença até 2010

Estratégias a serem adotadas pelos Estados do Nordeste para prevenção e erradicação da febre aftosa foram debatidas no Circuito Pecuário Nordestino, encerrado na última sexta, dia 13. O encontro, promovido pelo Ministério da Agricultura, em parceria com o governo do Estado do Piauí, reuniu durante dois dias, em Teresina, secretários de agricultura dos estados nordestinos, dirigentes e técnico das Agências de Defesa Agropecuária e das Superintendências Federais de Agricultura (SFAs) e representantes do governo federal. A intenção é que os rebanhos brasileiros estejam livres da doença até 2010.

No primeiro ciclo de vacinação, 95,4% dos rebanhos foram imunizados no Estado do Piauí.

– A aftosa é uma doença que atinge o bolso dos produtores. Quando os animais ficam impossibilitados de serem exportados para outros Estados, o prejuízo econômico é muito grande – afirmou o secretário de Desenvolvimento Rural do Estado, Rubens Martins, dizendo que os índices de vacinação devem continuar significativos na segunda etapa da campanha que vai até 30 de novembro.

– Esperamos atingir um status de risco médio para poder liberar nossas fronteiras e dar uma melhor valorização a nossos animais, pois estamos há 14 anos sem febre aftosa no Piauí – declarou Martins em referência às exportações. Martins acredita que em 20 dias os técnicos e auditores do Ministério da Agricultura possam fazer a reclassificação do Estado, aguardada pelos produtores.

O Ministério da Agricultura estima que no Brasil existam 200 milhões de cabeças bovinas e um milhão de bubalinos (búfalos), que também devem ser vacinados. Em todo o país a prevenção da doença se dá por meio da imunização obrigatória em campanhas anuais, mas apenas Santa Catarina é livre da febre aftosa sem vacinação.

A febre aftosa é transmitida pelo ar, alimento e pela água de um animal para outro. Alguns Estados do Brasil, a exemplo de Alagoas, não contabilizam casos da doença há pelo menos dez anos.

No Maranhão, em Pernambuco, Alagoas e no Rio Grande do Norte, a segunda etapa de imunização dos animais terminou no dia 31 de outubro e a expectativa agora é o resultado da campanha para melhorar a reclassificação, importante para as exportações, já que neste momento estes estados ocupam o status de risco médio.

O circuito pecuário foi criado para reunir Estados com sistema de produção e comercialização semelhantes e ampliar as relações de trânsito, possibilitando adoção de ações adequadas para o controle de doenças.

AGÊNCIA BRASIL
 
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