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 | 14/11/2009 09h30min

Rumos da apicultura no Nordeste são tema de reunião

Proposta é debater criação de um órgão formado pela iniciativa pública e privada que defenda os interesses dos apicultores da região

Representantes da União Nordestina de Apicultura (Unamel) participaram de reunião com técnicos e consultores da Codevasf, Sebrae, Federações Apícolas do Nordeste, Secretaria de Agricultura da Bahia e câmaras técnicas. No encontro, foi elaborada carta para ser apresentada aos governantes e instituições de fomento da região com a proposta de formação de um grupo de trabalho que discutirá, planejará e formulará a criação de um organismo de representação e fomento ao crescimento e desenvolvimento da apicultura e meliponicultura nordestina.

A reunião foi coordenada pelo consultor do Sebrae Nacional, Reginaldo Resende. Sergipe foi representado no encontro pela técnica Marianita Mendonça e pelo presidente da Federação Apícola de Sergipe, José Ivanilson.

Há no Nordeste cerca de 110 mil apicultores organizados em associações e cooperativas que geram no campo aproximadamente 200 mil postos de trabalho, formado predominantemente por mão-de-obra familiar, além de três mil empregos diretos no setor industrial. A produção anual está em torno de 11,6 mil toneladas, representando aproximadamente um terço da produção nacional de mel.

Apesar da importância da apicultura para região, os esforços até então empreendidos para o fortalecimento do agronegócio do mel têm contribuído para ganhos individuais, por Estado, com destaque para o Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, atualmente únicos exportadores de mel na região. Em termos de produção regional, ainda falta competitividade para a comercialização.

Robert Ferreira, técnico do Sebrae no Piauí e coordenador da União Nordestina de Apicultura, informa que a Unamel foi criado em 10 de fevereiro durante reunião realizada em São Luiz do Maranhã. Trata-se de um fórum de discussão onde são debatidas questões maiores da apicultura do Nordeste, já que a região está se organizando para fazer um trabalho conjunto de capacitação, pesquisa, treinamento, comercialização.

O objetivo é que o mel do Nordeste venha a ter uma única cara, que poderá ser chamado mel do Nordeste ou Mel do Semi-árido. Isso faz parte do Projeto APIS, desenvolvido em parceria por várias instituições como o Sebrae, Federações de Apicultura, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Codevasf, Fundação Banco do Brasil.

— Nessa reunião estamos tratando de um dos grandes objetivos do grupo, que é ter uma entidade representativa da Região Nordeste, formada pela iniciativa pública e privada, que irá trabalhar para captar recursos para pesquisa, capacitação, colaborar no processo de exportação, banco de dados. Estamos redigindo uma carta que será enviada para os governadores do Nordeste e dirigentes de instituições, com a finalidade de sensibilizá-los e trazê-los de forma ainda mais pró-ativa para nossa causa — explica Robert Ferreira.

AGÊNCIA SEBRAE
 
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