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 | 10/11/2009 18h05min

Presidente Lula quer mais empenho para acordo em Copenhague

Fórum Empresarial Brasil-Itália reuniu 1,3 mil pessoas na sede da Fiesp, em São Paulo

Atualizada às 20h34min Núria Saldanha | São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou nesta terça, dia 10, mais empenho por parte dos países desenvolvidos para um acordo sobre as mudanças climáticas. Ele participou do Fórum Empresarial Brasil-Itália, que reuniu 1,3 mil pessoas, entre empresários e autoridades, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

O evento marcou a assinatura de memorandos para estimular o comércio e os investimentos entre os dois países. O presidente Lula falou das oportunidades de negócios no Brasil e aproveitou a presença das autoridades italianas para criticar a postura dos países desenvolvidos que não vão enviar representantes à Conferência sobre Mudanças Climáticas, marcada para o próximo mês, em Copenhague, na Dinamarca.

— Como discutir sobre o clima se a gente vai para a COP 15 e os países ricos não vão? — indagou Lula.

O presidente criticou ainda o atraso da Europa em aumentar a utilização de biocombustíveis. Ele pediu aos governantes italianos que liderem essa campanha para convencer os outros países europeus a mudarem a matriz energética.

— Como a União Europeia vai cumprir 10% de etanol na gasolina em 2020 se ainda não começar a pensar em 2010? Tem que começar a estocar etanol — acrescentou.

Em resposta à provocação do governante brasileiro, o ministro de Desenvolvimento Econômico da Itália, Claudio Scajola admitiu que a Europa está atrasada no cumprimento das metas de preservação do meio ambiente, mas assumiu um compromisso:

— Vai haver um esforço muito grande por parte da Itália. É um trabalho árduo — afirmou Scajola.

Os italianos vendem para o Brasil principalmente máquinas e peças de automóveis. Do lado inverso da balança, cinco dos nove principais produtos que o Brasil manda para lá são produzidos no campo. O destaque fica para frutas, flores e proteína animal, negócios que podem ser ampliados a partir do acordo assinado em São Paulo.

— Dez bilhões ainda é um fluxo pequeno para o potencial comercio entre os dois países — comentou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Assim que saiu do evento, o ministro italiano embarcou para o Espírito Santo. O objetivo é fechar uma parceria com o governo do Estado para a produção de biodiesel. Uma empresa italiana vai aplicar 40 milhões de euros, quase R$ 100 milhões, até o ano de 2013, nos segmentos agrícola e industrial. O projeto prevê o plantio do pinhão manso como matéria prima e a extração do óleo, que vai ser levado para Itália e usado na produção do biodiesel.

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