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 | 08/11/2009 16h40min

Pré-sal não atrapalha biodiesel, diz diretor da Ubrabio

Segundo Sérgio Beltrão, iniciativa privada continua apostando no projeto

As atenções dispensadas ao petróleo da camada pré-sal não atrapalham o programa do biodiesel. Essa é a interpretação do diretor executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), Sérgio Beltrão. Segundo ele, o biocombustível vai continuar crescendo, como já estava planejado e a iniciativa privada continua apostando no projeto.

– A sociedade global está querendo mudar o paradigma de consumo, seja por questões ambientais ou pela saúde pública – afirmou.

No próximo ano, oito novas usinas de biodiesel devem entrar em funcionamento nos Estados de Goiás, do Rio Grande do Sul, do Paraná, de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul.

De acordo com Beltrão, o novo combustível tem espaço para crescer sem afetar a produção de alimentos porque o Brasil tem aproximadamente 90 milhões de hectares de pastagens degradadas e áreas já desmatadas. Ele destacou que a ideia de que o biodiesel usa comida para produzir combustível é completamente errada.

– O biodiesel é produzido a partir do óleo da soja, por exemplo. O que sobra é farelo, que alimenta a produção animal. Para cada litro de óleo, temos quatro quilos de farelo que vão virar proteína animal – explicou o diretor da Ubrabio.

Apesar de apostar no crescimento da adição do biodiesel ao diesel consumido em todo o país, Beltrão reconhece que o produto é cerca de 30% mais caro.

– Mas, para comparar o preço, é preciso considerar os gastos com saúde pública, em função das doenças provocadas pela poluição, e com os impactos ambientais – ressaltou o produtor.

Quanto à poluição, Beltrão lembrou que o biodiesel ajuda a substituir o enxofre no diesel, que é usado também como lubrificante. Segundo ele, a chamada Agenda Conama – referência ao Conselho Nacional de Meio Ambiente – prevê a redução gradual de enxofre no combustível.

Atualmente, existem três tipos de classificação do diesel quanto a isso. Nas estradas, ele tem em geral 1.800 partes por milhão (ppm), nas regiões metropolitanas, 500 ppm e em algumas cidades, como Curitiba, 50 ppm.

Para 2013, está prevista a implementação do S10, com 10 ppm.

– O biodiesel entra como um fator de melhoria da qualidade, podendo se antecipar às metas de qualidade do diesel – concluiu Beltrão.

AGÊNCIA BRASIL
 
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