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Coréia do Sul exige que o Norte abandone programa nuclear

Vizinho norte-coreano teria admitido possuir armas atômicas

A Coréia do Sul exigiu neste domingo dia, 27, que a Coréia do Norte desista de seu programa nuclear, depois que autoridades americanas afirmaram que o Estado comunista teria confirmado possuir bombas atômicas e que poderia produzir mais.

Autoridades sul-coreanas disseram que a declarada posse de armas nucleares pelo Norte é uma ameaça à segurança que quebra uma declaração antinuclear de 1991, vista como o alicerce dos laços entre os dois vizinhos.

O ministro da Unificação sul-coreano, Jeong Se-hyun, reforçou a exigência norte-americana expressa em conversas em Pequim na semana passada. Mas o jornal do partido no poder na Coréia do Norte rejeitou a sugestão de desistir de sua declaração de ameaça sem uma declaração de não-agressão dos EUA.

– Os Estados Unidos estão falando bobagens sobre as conversações em Pequim, dizendo que não haverá segurança nem recompensas à Coréia do Norte, a não ser que o país desista de seu programa nuclear. Quem conhece política e entende a realidade não faria comentários infantis como esses sobre a negociação da questão nuclear – afirmou o diário Rodong Sinmun.

O ministro Jeong afirmou que o programa nuclear norte-coreano não contribui para o relacionamento entre as duas Coréias.

– A Coréia do Norte ficará sem opção, a não ser fazer de tudo para se defender, a menos que os EUA dêem garantias legais de que não vão usar armas contra o país – diz a declaração, publicada em inglês pela agência estatal de notícias KCNA e que não faz menção sobre a existência ou não de armas nucleares no país.

O chefe da delegação da Coréia do Norte, Kim Ryung-sung, fez um apelo à união das Coréias e afirmou que, "como é a primeira conversa com o novo governo do Sul, que os dois lados sejam sábios e cooperativos para produzir bons resultados".

O conselheiro de segurança do presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun, afirmou que a admissão norte-coreana, caso verdadeira, viola a Declaração Conjunta Sul-Norte de Desnuclearização da Península Coreana – um acordo bilateral de não testar, produzir, receber, estocar ou usar armas nucleares.

– A declaração Norte-Sul remonta a 12 anos, antes de a questão ser levantada entre a Coréia do Norte e os EUA – afirmou Jeong.

Uma Coréia do Norte com armas nucleares causaria aumento da ameaça aos vizinhos Japão, China e Coréia do Sul e a 37 mil soldados americanos baseados no Sul.

A crise começou em outubro, quando Washington afirmou que a Coréia do Norte havia admitido ter ativado um programa para produzir urânio enriquecido para armas nucleares, além de um programa de plutônio, congelado sob um pacto de 1994 com os EUA. Os americanos têm dito que vão perseguir uma saída diplomática.

As informações são da agência Reuters.

 
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