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Líderes iraquianos podem ir a julgamento, diz Rumsfeld

Vice-primeiro-ministro iraquiano é interrogado pelas forças aliadas

Tareq Aziz e outros dirigentes já presos do antigo regime iraquiano estão sendo interrogados por autoridades norte-americanas e podem ser levados a julgamento, disse nesta sexta, dia 25, o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld.

Segundo ele, os Estados Unidos já capturaram pelo menos 12 dos 55 nomes de uma lista de autoridades procuradas no Iraque. O mais importante deles é o ex-vice-primeiro-ministro Tareq Aziz, que se rendeu na quinta.

Rumsfeld descartou a hipótese de enviar esses ou outros prisioneiros de guerra para a base militar de Guantánamo, encravada em Cuba, onde já são mantidos mais de 600 guerrilheiros capturados no Afeganistão durante a campanha militar contra os grupos Al-Qaeda e Talibã.

Sobre o status jurídico a ser conferido aos prisioneiros, Rumsfeld disse que "os advogados vão descobrir, eu não tenho que me preocupar com isso". De acordo com ele, os interrogatórios, conduzidos por funcionários de várias agências de inteligência, "estão de fato fornecendo informações úteis".

Rumsfeld prevê que outros membros do regime de Saddam Hussein serão presos nos próximos dias. Os rostos desses procurados estão em cartas de baralho distribuídas aos militares dos EUA no Iraque. Aziz era o número 43 da lista.

O secretário admitiu que não sabe como poderá ser feito o julgamento dos antigos líderes.
– Os iraquianos devem fazê-lo? Alguma organização internacional? Ou os Estados Unidos? Acho que esta não é nossa primeira opção, mas é uma decisão que será tomada em nível mais alto – ou seja, pela presidência do país.

– O que sabemos é que há pessoas que têm as informações de que precisamos – disse Rumsfeld. – Precisamos dessas informações para poder localizar as armas de destruição em massa no país. Precisamos dessas informações para poder localizar as ligações entre o regime de Saddam e várias organizações terroristas pelo mundo, e para eliminar a influência do Partido Baath naquele país.

Rumsfeld se referiu a Aziz, que foi um porta-voz eloqüente e leal de Saddam e era o único cristão no governo dele, como "uma pessoa muito importante no regime".

– Ele era um militar? Toda vez que eu estive com ele, usava uniforme camuflado e uma pistola na cintura. Isso o torna um militar? Eu não sei.

Rumsfeld disse que seu país ainda mantém cerca de 7 mil prisioneiros no Iraque, a maioria militares de baixa patente. Algumas centenas, segundo ele, já foram libertados.

O secretário e o general Richard Myers, chefe do Estado-Maior norte-americano, rejeitaram as críticas pela suposta presença de menores de idade em Guantánamo, como se especulou nos últimos dias.

– Eu diria que, a despeito da idade, são indivíduos muito perigosos – disse Myers. – Alguns mataram. Alguns disseram que matariam outra vez. Então pode ser que sejam menores, mas não são mais amadores. São um time importante, e um time de terroristas.


 
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