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Os desafios do novo presidente

Mais de 60% da população de 36 milhões de pessoas vivem agora na pobreza. Muitos sobrevivem com apenas US$ 2 por dia e estão dependendo de ajuda do governo. Grande número de crianças morreu de desnutrição. Famílias vasculham o lixo da capital em busca de comida.

Lidar com a pobreza, em um país não acostumado com a difusão da miséria, será o primeiro grande desafio para o novo presidente. O ex-presidente Carlos Menem e o peronista Adolfo Rodriguez Sáa prometeram realizar programas de alimentação de emergência. Outros candidatos – o governador Nestor Kirchner, de centro-esquerda, Ricardo Lopez, liberal, e Elisa Carrio, com uma campanha anti-corrupção – planejam manter restaurantes populares que forneçam sopas e subsídios aos pobres.

Desemprego e queda nos salários

Cerca de 25% dos argentinos estão desempregados. A economia encolheu 10,9% em 2002 – a maior queda em um século – mas poderá crescer por volta de 4% em 2003.

Os números de desemprego se elevaram após o último ano de moratória, falta de crédito e fechamento de várias empresas. Todos os candidatos prometeram criar novos empregos. Alguns dizem que continuarão pagando subsídios para mais de dois milhões de pobres ou transformarão os programas em projetos de infra-estruturas para criação de empregos.

A inflação na Argentina atingiu 40% no ano passado e poderá aumentar outros 14%  em 2003. No último ano a desvalorização do peso chegou a 70% com relação ao dólar.

A média dos salários é de 300 pesos (100 dólares) por mês. A ajuda do governo chega à metade disso. Todos os principais candidatos prometem melhores salários, mas Lopez Murphy diz que irá congelar as aposentadorias.


Moratória

O futuro presidente terá que reatar relações com credores, de Milão a Tóquio. A Argentina tinha uma dívida de US$ 95 bilhões no ano passado.

Os mercados preferem Menem ou Lopez Murphy para comandar as negociações de renegociação da dívida. Ambos prometem pequeno ou nenhuma redução no valor dos títulos em troca de menores taxas de juros.


Fundo Monetário Internacional

As relações com o FMI esfriaram depois que o país declarou moratória em parte da dívida externa. O presidente Eduardo Duhalde acertou um acerto interino para rolar US$ 6,78 bilhões em dívida até agosto depois de um ano de negociações.

Entretanto, o próximo presidente deverá buscar um acordo de maior prazo com o FMI, para quem a Argentina deve US$ 14 bilhões. Incluindo o Banco Mundial e o Banco de Desenvolvimento Inter-Americano, a Argentina deve US$ 31 bilhões em empréstimos multilaterais.

Economistas dizem que outro acordo para rolagem da dívida é o melhor que a Argentina pode esperar e não prevêem novos empréstimos. Os argentinos desconfiam do FMI, dizendo que suas políticas austeras pioraram a crise econômica.  Menem e Lopez Murphy são vistos como tendo mais condições de garantir ajuda do FMI.


 
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