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 | 20/10/2009 18h51min

BM&F Bovespa questiona taxação de investimento estrangeiro

Entre analistas de mercado e representantes do agronegócio, opiniões são divergentes

Atualizada às 20h10min Mariane De Luca | São Paulo (SP)

A BM&F Bovespa apresentou nesta terça, dia 20, ao Ministério da Fazenda uma contraproposta à taxação dos investimentos estrangeiros no mercado financeiro. A medida anunciada nesta segunda, dia 19, pelo ministro Guido Mantega, visa conter a queda do dólar e evitar excesso de especulação no mercado brasileiro. Entre analistas de mercado e representantes do agronegócio, as opiniões são divergentes.

O efeito foi quase instantâneo. Os investidores reagiram mal à cobrança de 2% de IOF, imposto sobre operações financeiras, na entrada de dólares nos mercados de renda fixa e variável. Pelo menos um terço das aplicações na bolsa vem do exterior.

O Ibovespa operou em queda durante o pregão. As ações da própria BM&F Bovespa chegaram a cair 10%. O movimento negativo levou a diretoria da bolsa a procurar o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Além de evitar um excesso de especulação no mercado financeiro, os 2% de IOF sobre os investimentos estrangeiros visam conter a queda do dólar. A moeda americana desvalorizada prejudica as exportações do Brasil e torna as importações mais baratas. Por isso, quem vende para o exterior elogiou a medida.

É o caso do Conselho Nacional dos Exportadores de Café (Cecafé). Com o dólar em torno de R$ 1,70, a entidade já projeta uma perda de US$ 1 bilhão na receita com as vendas externas para esta safra. Para a diretoria da entidade, a decisão do governo é um primeiro passo para mudar a situação.

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