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 | 17/10/2009 13h20min

Empresários espanhóis do agronegócio querem investir na Bahia

Grupo se reuniu com o secretário em exercício da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia, Eduardo Salles

Investir na Bahia nas áreas de pesca, agropecuária e energia renovável. Este é o desejo de um grupo de empresários espanhóis que se reuniu nesta sexta, dia 16, com o secretário em exercício da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia, Seagri, Eduardo Salles.

— Nós temos tecnologia e experiência, e aqui tem tudo que precisamos, clima e matéria prima — disse David Cimadevila Cea, diretor geral da Moviliza Global, uma empresa com atuação em vários países nas áreas de alimentação, prospecção de mercados, infraestrutura, energia, setor pesqueiro e agropecuária, com destaque para as cadeias dos bovinos, suínos e avicultura.

— A agropecuária baiana vive um momento de desenvolvimento, em que novas parcerias e novos investimentos são importantes e desejáveis — acrescentou Eduardo Salles, convidando os empresários para visitar vários pólos produtivos do Estado, a exemplo das regiões Oeste e Extremo Sul.

— Estamos felizes com a recepção que tivemos na Seagri. A nossa impressão da Bahia é muito boa. Sentimos que as autoridades são francas e as informações totalmente confiáveis — completou David Cimadevila, depois de ouvir do secretário interino da Seagri, Eduardo Salles, explicações sobre as potencialidades e atividades desenvolvidas no Estado.

Com extensão territorial menor do que a Bahia, a Espanha é um grande exportar de pescado e tem na cidade de Vigo um dos maiores portos do mundo.

— A Espanha é o maior investidor e produtor de pescados da Europa, e temos grande interesse de desenvolver esta atividade na Bahia — disse David Cimadevila, explicando que um dos fatores que atraíram os empresários do seu país é a potencialidade pesqueira da Bahia, que tem a maior faixa litorânea no Brasil, 1.183 quilômetros de extensão.

Apesar disso, a Bahia é o terceiro maior produtor de pescado no Brasil, atrás de Santa Catarina e Pará. Para David Cimadevila, trata-se de um grande mercado para exportação, onde ele vê a possibilidade de produzir e comercializar mexilhões em larga escala.

— Este fruto do mar é responsável por 30% do faturamento do setor pesqueiro na Espanha — disse ele para ilustrar o tamanho dos resultados que podem ser alcançados na Bahia e no Brasil.

Explicando o interesse dos espanhóis em investir na Bahia, David Cimadevila explicou que "quando falo em pesca estou me referindo no setor como um todo, incluindo estaleiros, aqüicultura e enlatados".

As atividades na agropecuária que atraem os empresários europeus são a avicultura, bovinos e suínos, "atuando de uma forma integrada".

Os empresários espanhóis estiveram nesta quinta, dia 15, em Brasília, onde se reuniram com a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil. De Salvador eles seguem para São Paulo, para um encontro com o governador José Serra.

AGÊNCIA SAFRAS
 
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