Em Mato Grosso do Sul, os produtores acompanham os números da Conab, mas acreditam que a área com soja deve aumentar. No Paraná, a soja pode ocupar uma parte das lavouras de milho e o feijão perde área, mas deve ganhar produtividade.

Em Londrina (PR), o produtor José Roberto Mortari vai mesmo aumentar a área com soja e reduzir a de milho. O preço do grão e o custo com a lavoura mudaram o mapeamento de rotação de culturas que ele sempre fez da propriedade.

No Paraná, a área com soja deve ser 7% maior do que a safra passada. O produtor quer recuperar o que vem perdendo desde o inverno de 2008, com a geada, a estiagem no verão e o excesso de chuvas da última colheita.

O feijão pode confirmar a estimativa da Conab de uma safra recorde com base no aumento de produtividade e não de área. O Estado vai plantar uma área 11% menor com a leguminosa, mas deve colher mais.

Já Mato Grosso do Sul, que também sofreu com a estiagem, espera um aumento na área plantada de soja.

– Mato Grosso do Sul é sempre uma caixinha de surpresa! A gente aqui nunca consegue ter uma previsão. Ano passado, a gente tinha uma safra enorme nas mãos, quando entramos em janeiro e fevereiro veio o problema de estiagem e acabou com a nossa safra. Então eu não sei o que prever. A Conab divulga uns números que, com certeza, deve saber o que está falando, mas eu acho que ainda é muito precoce. Acho que a nossa área deve crescer, que a nossa produção tende a crescer, com certeza. A gente espera não voltar a passar pelo mesmo problema que houve nesta safra em 2009. Na hora de colher, o problema de veranico na região sul e na região norte uma demanda de chuva muito forte. Se houver uma normalidade, eu acho que realmente deve haver um acréscimo de produção, com certeza, em relação à safra passada – diz o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso do Sul (Aprosoja – MT), Almir Dalpasquale.