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 | 29/09/2009 17h55min

Agroindústria deve investir cada vez mais em pesquisa e tecnologia, diz estudo

China deve passar de sétimo para segundo maior comprador do setor no Brasil

Atualizada em 29/09/2009 às 20h07min Mariane de Luca | São Paulo (SP)

A agroindústria brasileira vai ter que investir cada vez mais em pesquisa e tecnologia para atender as demandas do mercado consumidor nos próximos 20 anos. Isso porque países como a China, que deve se tornar o segundo maior comprador de alimentos do Brasil, vão focar o consumo em produtos processados. Essas tendências fazem parte de uma pesquisa divulgada nesta terça, dia 29, pela Fundação Getúlio Vargas e a Consultoria Ernst Young, na capital paulista.

O estudo levou em conta o desempenho da agroindústria de 100 países que respondem por 97% do PIB mundial. A pesquisa reafirma a tendência, já apontada por muitos especialistas, de que o aumento da demanda de alimentos vai se dar, principalmente, nos países emergentes. Nesse cenário, a China passaria de sétimo para segundo maior comprador da agroindústria brasileira. Segundo o levantamento, em 2007, os chineses importaram o equivalente a US$ 900,6 milhões da indústria de alimentos do Brasil. Em 2030, esse valor deve chegar a R$ 2,14 bilhões.

Os pesquisadores também estimam que a indústria de alimentos deve se modernizar, já que vai ser cada vez maior o consumo de produtos processados, com mais valor agregado.

Para atender essa demanda, principalmente de alimentos industrializados, tanto no Brasil como em outros países, a agroindústria brasileira vai ter grandes desafios pela frente. A equipe que realizou o estudo acredita que essas fusões que tem acontecido no setor já são uma forma de preparar para isso.

Um exemplo desta mudança no perfil é o aumento das exportações de alimentos industrializados. O setor vendeu no Exterior US$ 30 bilhões no ano passado e importou US$ 6 bilhões. As vendas aumentaram principalmente para regiões como a Ásia, o Oriente Médio e o Leste Europeu.

Além do aumento nos produtos processados, os pesquisadores lembram que a importação de matérias-primas como couro, celulose e etanol deve crescer ainda mais se comparada ao setor de alimentos. No Brasil, o crescimento na produção de celulose deve ocorrer com maior intensidade no Rio Grande do Sul e no Maranhão.

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