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 | 23/09/2009 15h09min

Convênio entre SC e BRDE permitirá exportação de bovinos vivos para Europa

Área em Imbituba servirá para implantação de um quarentenário para animais que serão exportados para a UE

O secretário de Estado da Agricultura de Santa Catarina, Antonio Ceron, e o diretor de operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Casildo Maldaner, assinaram nesta terça, dia 22, convênio para cessão de uma área em Imbituba, que servirá para implantação de um quarentenário para bovinos vivos que serão exportados para a União Européia.

O espaço, com 33 hectares, servirá para realização de atividades de ambientação e concentração de bovinos destinados à exportação. Neste local, os animais, criados em Santa Catarina, ficarão por aproximadamente 40 dias, onde passarão por diversas aferições médico-veterinárias, além de preparação ambiental para a viagem, tendo como destino inicialmente o mercado italiano. O terreno, de propriedade do BRDE, foi cedido em regime de comodato, sem ônus para ambas as partes, por um período inicial de cinco anos.

Segundo Ceron, esta é uma grande conquista para o Estado, pois abre a possibilidade de um novo nicho de mercado para criadores catarinenses.

— Nós teremos aqui apenas as matrizes, e venderemos os bovinos com apenas oito meses de idade, sem precisar engordá-los para o corte por dois ou três anos — explica Antonio Ceron.

Segundo Maldaner, é também a possibilidade de reativação de um setor econômico que perdeu espaço em Santa Catarina, o da pecuária de corte, mas com um formato viável.

Segundo a previsão dos técnicos da Secretaria, o primeiro lote de bovinos deve ser embarcado em maio ou junho de 2010.

— Serão quatro ou cinco mil animais, a maioria da raça charolesa e seus cruzamentos, que estão sendo criados em municípios do Planalto Serrano e Oeste catarinense — explica o diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria, Roni Barbosa.

O empreendimento conta com a participação da União de Exportadores e Importadores de Carnes e Derivados da Itália (Uniceb), que se responsabilizará pelos custos de construção das obras físicas necessárias. A escolha por Santa Catarina se deu pela facilidade de acesso ao Porto de Imbituba e, principalmente, pelo Estado ser o único certificado como livre de febre aftosa sem vacinação do país.

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
 
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