O Brasil finalizou nesta quinta, dia 17, a proposta do país para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e preservar a Amazônia. O relatório será apresentado em dezembro, na Dinamarca, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Os governadores e representantes dos nove Estados da Amazônia Legal e o presidente Lula chegaram a um consenso: é preciso financiar a redução do desmatamento e a manutenção da floresta em pé. O mecanismo sugerido é o REDD, sigla de “redução de emissões por desmatamento e degradação florestal”. A ideia é fazer pagamentos por serviços ambientais e pela manutenção da Amazônia.

– Os governadores da Amazônia estão unidos, os nove governadores. Não há divergência com relação ao REDD, a financiamento público e mecanismos de mercado – afirmou o governador do Amapá Waldez Góes.

A única polêmica era a origem dos recursos para esses pagamentos. Mas, durante a reunião, ficou decidido que o redd será financiado com dinheiro estrangeiro.

– A posição brasileira é que os países desenvolvidos têm que fazer o dever de casa muito alto, porque eles são os responsáveis. Além deles reduzirem, têm que financiar o desenvolvimento para preservar e reduzir as emissões – disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Um exemplo disso é um país rico que tem hoje a meta de diminuir em 30% as emissões de gases. Caso a Convenção da ONU determine uma redução maior, de 35%, o Brasil propõe que essa diferença, de cinco pontos percentuais, seja usada para financiar a preservação da Amazônia.

– Existe uma visão positiva de se incluir um mecanismo compensatório para o REDD desde que os países ricos assumam metas mais ambiciosas – argumenta o presidente da Fundação Amazônia Sustentável, Virgílio Viana.