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 | 11/09/2009 19h52min

Produtores de hortaliças têm prejuízos com o excesso de chuva em SP

Na Ceagesp, três dias após temporal, situação começa a voltar ao normal para os comerciantes

Atualizada em 11/09/2009 às 20h09min Sebastião Garcia | São Paulo (SP)

Três dias depois do temporal que alagou um pavilhão da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), maior central de abastecimentos do país, a situação começa a voltar ao normal para os comerciantes.

Em um pavilhão na Ceagesp onde são comercializadas frutas, a situação se normalizou em menos de 12 horas. No caso das hortaliças, por sorte, grande parte do que é comercializado no local vem de outras regiões que não foram afetadas pela chuva. Por isso, apesar do prejuízo para os comerciantes e dos produtores no campo, não deve haver aumento de preços para o consumidor.

— Os preços se mantiveram estáveis, no caso da melancia houve até um recuo. Hortaliças, de uma forma geral, legumes e verduras. A tendência, que era de queda, se manteve esta semana, e tudo indica que deve permanecer assim nas próximas semanas — disse o economista da Ceagesp, Flávio Godas.

Entretanto, no campo, o excesso de chuva ainda vai deixar conseqüências para os agricultores. O tempo ainda não está firme na região onde mora o produtor de hortaliças Natalino Araki, no município de Suzano, cinturão verde de São Paulo. É por causa disso que ele não está nem dormindo esta semana. Choveu tanto que ele calcula que tenha perdido 30% de tudo que plantou.

— Eu tive mais prejuízo na parte de salada. Alface lisa, americana, crespa e romana também, mimosa — citou Araki.

A conseqüência do excesso de chuva vai além da possibilidade de mudança nos preços, diz o presidente do sindicato rural de Suzano, Ricardo Tsuchya, que atende produtores de cinco municípios do cinturão verde de São Paulo. O agricultor é quem vai perceber isso agora.

— É um prejuízo que não é de um dia pro outro. Ou então, com a melhora do tempo, a produção vai melhorar. Nós temos um tempo, um período aí para que as plantas comecem a sair do estresse hídrico e o terreno também comece a ser drenado gradativamente, para que depois seja feito um preparo do solo novamente, recuperando as áreas onde foram extremamente inundadas — explicou Tsuchyia.

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