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 | 06/09/2009 17h36min

Expointer termina com mais negócios no setor de máquinas e menor público visitante

Comercialização de animais obteve boas médias, mas total ficou abaixo do esperado

Atualizada às 22h00min

Após nove dias de feira, a Expointer 2009 chegou ao final neste domingo, dia 6, com números que superaram as expectativas no setor de máquinas e equipamentos, mas que ficaram abaixo no esperado no que diz respeito à comercialização de animais e à visitação pública. Conforme dados anunciados pela governadora Yeda Cruius em coletiva de imprensa, os valores negociados na feira superaram R$ 1 bilhão.

Com 2,2 mil expositores e mais de 5 mil animais expostos, a feira destacou-se pelos números de comercialização no setor de maquinário agrícola, onde foram comercializados, conforme números do Sindicato das Indústrias de Máquinas Agrícolas do RS (Simers), R$ 795 milhões. Segundo o presidente da entidade, Cláudio Bier, o setor experimenta uma recuperação graças a facilidades nas linhas de crédito.

– Estamos satisfeitos e acreditando que o segundo semestre será de progresso, mais emprego e mais venda. Isso para o Estado é muito bom – destacou Bier.

A comercialização de animais alcançou R$ 8,39 milhões. O destaque ficou por conta do aumento de preço médio em algumas raças, como os ovinos hampshire down, que passaram de R$ 2,8 mil para R$ 4,6 mil, e os bovinos mochos charolês, cujos preços unitários foram de R$ 6,9 mil para R$ 11,5 mil, em média.

Conforme o chefe de exposições e feiras da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, José Arthur Martins, o resultado ficou abaixo do obtido em 2008, quando as vendas de animais chegaram a R$ 10,5 milhões, mas ainda assim o resultado pode ser considerado "excelente".

– Algumas raças, até por diminuição da própria oferta de animais, tiveram valores e preços médios pagos por animal acima do ano passado – destacou.

Os 166 estandes da agricultura familiar proporcionaram contato direto do consumidor com quem produz o alimento e o artesanato. A comercialização chegou a R$ 1,03 milhão, cerca de 30% a mais se comparado ao ano anterior. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) comemorou o aumento da comercialização feita pelas 236 agroindústrias que levaram à feira os sabores naturais de bebidas, pães, cucas, biscoitos, derivados do leite e da carne, geléias e erva-mate, entre tantos outros.

No fomento ao agronegócio o financiamento chegou a R$ 235 milhões para a compra de máquinas e construção de armazéns. Somadas aos negócios concretizados na área de maquinário agrícola, as ações de crédito alinhavadas na Expointer elevam o resultado financeiro da feira a mais de R$ 1 bilhão.

– Isso se deveu ao crédito, às taxas de juros baixas, ao atendimento individual e à inovação – destacou a governadora.

Público foi menor do que o esperado

A expectativa de atrair 700 mil pessoas ao Parque de Exposições Assis Brasil não chegou perto de ser alcançada. Segundo a organização do evento, 420 mil visitantes estiveram na feira desde a abertura, no dia 29 de agosto, com uma queda significativa em relação ao ano passado, quando foi registrado um público de 740 mil.

De acordo com o secretário estadual da Agricultura, João Carlos Machado, muitos fatores contribuíram para a redução do número de visitantes, como a gripe A, a prorrogação do início das aulas, a chuva e também o feriado, que levou muita gente ao litoral.

– Este ano somente 11 mil alunos visitaram a Expointer porque muitas escolas não tiveram tempo de se programar. Em outras edições, chegamos a receber 100 mil estudantes. Além disso, observamos uma mudança no perfil do público presente no parque – frisou Machado durante a coletiva de encerramento da mostra neste domingo.

Neste domingo passaram pelo parque mais de 100 mil pessoas, contabilizando o maior público desta edição. Entre os locais mais procurados estavam os pavilhões destinados ao artesanato e à agricultura familiar. As mudanças de trânsito feitas nos arredores do parque e a divisão de acessos entre expositores e visitantes foram pontos de destaque desta edição da Expointer. Sem registros de transtornos e engarrafamentos, o esquema adotado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as medidas realizadas pela Estapar, empresa responsável pela bilheteria, deram resultados satisfatórios, solucionando os problemas de acessibilidade ocorridos no ano passado.

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