O Canal Rural lançou nesta terça, dia 1º, na Expointer 2009, o projeto Lavouras do Brasil, uma iniciativa inovadora, que vai exatamente tornar mais fácil o acesso a informações essenciais para quem planta soja.

O lançamento ocorreu em conjunto à apresentação do Fórum Canal Rural: Lavouras do Brasil, que teve a presença do gerente de negócios da Embrapa, Luiz Carlos Miranda; do Analista da Safra & Mercado, Flávio França Jr.; do comentarista do Canal Rural Miguel Daoud; e do meteorologista e diretor da Somar, Paulo Etchichury, que participou direto de São Paulo.

Participaram também outros parceiros, como o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, que destacou a importância do projeto para que os produtores tomem conhecimento das inovações produzidas pela pesquisa.

– Nós podemos aumentar a produtividade, sim. Nós temos a informação e a pesquisa, temos que saber como usá-la – disse Mânica, apoiado por Erasmo Soares, membro do Comitê Estratégico de Soja Brasil, instituição sem fins lucrativos, que tem o objetivo de impulsionar a exportação da commodity no país.

O diretor do Canal Rural, Donário Lopes de Almeida lembrou que “levar a informação para o maior número de produtores é a nossa missão maior” e salientou o trabalho da equipe do canal para levar um projeto tão ousado ao ar.

Após a apresentação do Lavouras do Brasil, Miguel Daoud, Flávio França Jr. e Paulo Etchuchury indicaram as previsões para o mercado e para o clima na próxima safra. Etchuchury disse que o regime de chuvas provocado pelo fenômeno El Niño tende a ser favorável para as plantações.

Flávio França Jr. explicou que o mercado da soja não deve repetir os preços altos da última safra. A expectativa de colheita recorde nos Estados Unidos, Brasil e América do Sul indica que a oferta do grão deve ser grande.

– Toda América do Sul vai virar um mar de soja no próximo ano, é quase certa uma pressão pra baixo dos preços – previu.

França disse, no entanto, que não acredita nas previsões mais pessimistas, que colocam a soja no patamar de US$ 6 por bushel.
 
Para Miguel Daoud, a previsão de desvalorização do câmbio não deve se concretizar. É provável, segundo ele, que os Estados Unidos sejam forçados a aumentar a taxa básica de juros.

– Se a maior economia do planeta, que mesmo combalida pela crise se mantém como potência mundial resolver pagar mais caro pelo dinheiro que tomar emprestado, a tendência é que os investidores tirem dólar de outros países como o Brasil, para investir lá. Essa fuga de dólares tende a levantar o preço da moeda americana. Diante dessa expectativa, o produtor pode buscar uma proteção financeira comprando dólares a preços baixos no mercado futuro (medida que envolve alguns riscos) – salientou o economista.

Todas essas previsões anunciadas na Expointer pelos especialistas, no entanto, podem mudar por fatores diversos. Mas nada passará despercebido para quem ficar de olho no projeto Lavouras do Brasil.

Animação mostra como funciona o projeto: