| 20/08/2009 09h21min
Brasil e Argentina assinaram nessa quarta, dia 19, um acordo para criar uma linha de crédito recíproca, que dará acesso a cada país a cerca de US$ 1,8 bilhão.
Detalhes do convênio serão discutidos por técnicos dos bancos centrais, que estabelecerão as normas e os prazos do que chamaram de swap (troca de moedas), assim como a data de entrada em vigor do pacto. Como cada país deve fornecer o equivalente a US$ 1,8 bilhão, pelo câmbio atual representaria R$ 3,5 bilhões e 7 bilhões de pesos argentinos.
O ministro da Economia da Argentina, Amado Boudou, disse que a linha de crédito servirá para fortalecer iniciativas como o comércio em moedas locais, em vez de dólares, que Brasil e Argentina implementaram em 2008, mas que até agora não despertou muito interesse dos empresários.
De acordo com analistas, a medida deve beneficiar especialmente à Argentina, que, nos últimos anos, teve sérios problemas de financiamento.
– Em um cenário em que o crédito internacional fica escasso, busca-se fortalecer o acesso a recursos – disse Mantega.
Ainda de acordo com o ministro, os créditos poderão ser utilizados ou não e que, inicialmente, foi sugerido que fossem aplicados os juros básicos em cada país, que são de 11% na Argentina e de 8,75% ao ano no Brasil.
Mantega diz que Brasil cresceu até 1,7% no segundo trimestre
Ainda sobre negócios entre os dois países, uma fonte do Banco Central argentino confirmou que o presidente do BC do país vizinho, Martín Redrado, e o ministro Mantega conversaram sobre a intenção do Banco do Brasil de triplicar seu tamanho na Argentina, onde tem ativos de R$ 350 milhões.
Na entrevista sobre a divulgação do acordo entre o Brasil e a Argentina, Mantega adiantou que, pelas projeções da Fazenda, o Brasil cresceu entre 1,6% e 1,7% no segundo trimestre de 2009. Em termos anualizados, representaria mais de 6%. A divulgação oficial do PIB será dia 10 de
setembro.
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