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 | 11/08/2009 14h41min

MST nega que ocupação de Ministério signifique rompimento de acordo

Segundo a PM, mulher que estava no carro de som e incitou os manifestantes a ocuparem o prédio deverá ser indiciada nas próximas horas

Atualizada em 11/08/2009 às 14h41min

As lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que participam da ocupação da entrada do Ministério da Fazenda afirmaram que não descumpriram nada do acordo feito com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Segundo a Polícia Militar, a invasão, que começou nesta terça, dia 11, por volta das 9h, representaria um rompimento do que havia sido acordado de não ocupar nenhum prédio.

— Eles [MST] romperam o acordo feito em reunião com a Secretaria de Segurança Pública do DF já no primeiro dia de manifestações. Com isso, tratamento e negociações que daremos a eles serão feitos de forma diferenciada a partir de agora — disse o Coronel Silva Filho, responsável por coordenar os policiais militares no local.

Para a Coordenação Nacional do MST, não houve nenhuma quebra de acordo.

— A combinação foi de que iríamos marchar pelos ministérios, ocupar as faixas da pista destinada à manifestação, e que sairíamos após as 8h. Nada foi acordado sobre ocupar ou não o Ministério. O motivo da ocupação é pressionar para que o governo monte uma equipe de negociação com representantes da Casa Civil e dos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário, para que discutamos sobre os três pontos reivindicados — argumenta Vanderlei Martini, da Coordenação Nacional do movimento.

Segundo a PM, uma mulher que estava no carro de som incitou os manifestantes a ocuparem o Ministério foi visualmente identificada e deverá ser indiciada nas próximas horas.

— Na primeira oportunidade vamos prendê-la por incitação — disse o coronel.

Além da atualização do índice de produtividade – mecanismo que permite a identificação de terras improdutivas para fim de reforma agrária –, os manifestantes querem que 90 mil famílias acampadas no país sejam imediatamente assentadas, e que o Ministério do Planejamento libere ainda este ano os R$ 800 milhões retidos do orçamento destinado ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para aplicá-los na desapropriação e obtenção de terras destinadas à reforma agrária.

O coronel Silva Filho informou que aparentemente nada foi quebrado no Ministério, e que o próximo passo será tentar avançar na negociação para que os manifestantes abandonem o prédio.

AGÊNCIA BRASIL
 
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