Dionara Melo

Dez anos depois, a fabricante de máquinas agrícolas Case IH volta a participar de uma Expointer. A estratégia da empresa do grupo CNH, pertencente à Fiat, é ampliar a participação no mercado gaúcho.

O primeiro passo será marcar presença na mais tradicional feira agropecuária da América Latina.

Atualmente, a Case IH mantém uma concessionária no Rio Grande do Sul, em Passo Fundo. Em breve, a indústria inicia o processo de expansão, com a abertura de novas lojas em Uruguaiana, Itaqui e Lajeado, adianta o gerente comercial para a América Latina, Ari Kempenich.

– Nossa meta é encerrar 2009 com oito lojas no Rio Grande do Sul, hoje o melhor mercado no segmento de colheitadeiras e tratores – justifica.

Como a Case IH só produz máquinas agrícolas com potência superior a 135 cavalos no Brasil – tem plantas em Piracicaba (SP) e Curitiba (PR) e vai reabrir uma terceira em Sorocoba (SP) –, para aumentar a inserção no mercado gaúcho, a empresa está importando da Europa tratores entre 80 e 125 cavalos. A participação da Case no mercado brasileiro hoje é pequena, de 1,6% nos tratores e de 11,7% nas colheitadeiras de grãos.

– O produtor gaúcho não tem áreas tão extensas, e o relevo é mais acidentado, o que não admite máquinas de grande porte – revela Kempenich.

A negociação começou antes da feira do ano passado, conta o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Estado (Simers), Claudio Bier.

– A empresa queria uma área nobre, mas não tínhamos como expulsar antigos parceiros para ceder espaço a um novo. Então, acabamos negociando uma área mais atrás, que acabará valorizando o setor como um todo – explica Bier.

 

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