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 | 27/07/2009 17h24min

Brasil analisa com Argentina queda no comércio bilateral

Encontro realizado na sede da Fiesp, em São Paulo, antecede uma reunião que ocorrerá nesta terça

Empresários e representantes dos Governos de Brasil e Argentina se reuniram nesta segunda, dia 27, em São Paulo, para analisar pontos de divergência sobre as relações comerciais e a queda de 32,9% no comércio bilateral durante o primeiro semestre.

O encontro, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), antecede uma reunião que ocorrerá nesta terça, dia 28, entre o secretário-executivo de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro, Ivan Ramalho, e seu colega argentino, Fernando Fraguío.

A redução do comércio bilateral no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2008, será o tema principal do encontro, segundo a agenda divulgada pelos dois Governos.

A reunião, que será a quarta do ano até agora, verificará os números do primeiro semestre, período em que as exportações do Brasil à Argentina caíram 42,3% frente aos primeiros seis meses de 2008, quando chegaram a US$ 8,559 bilhões.

As exportações argentinas, por sua vez, recuaram 20,1%, após alcançarem US$ 6,239 bilhões entre janeiro e junho do ano passado.

Analistas brasileiros consultados pela Agência Efe indicaram que o comércio bilateral caiu não só pela queda da demanda argentina devido à crise mundial, mas também por medidas protecionistas em certos setores e pela falta de regulamentação para facilitar os negócios.

Assuntos sobre proteção comercial, como calçados e eletrodomésticos, também serão discutidos na reunião de amanhã entre os dois maiores membros do Mercosul.

Temas agrícolas como as importações e exportações de trigo, o regime do comércio além da fronteira, a taxa consular imposta pela Argentina para a exportação de móveis e a regulamentação técnica brasileira para brinquedos e pagamentos em reais, serão outros pontos a serem discutidos no encontro.

O comércio específico de copos e taças de vidro, alimentos lácteos infantis, artigos têxteis e confecções, telefones celulares, pneus, ônibus e máquinas agrícolas serão foco de reuniões separadas com representantes dessas áreas.

O Brasil se queixou este ano da prorrogação de formas não automáticas nas importações, com prazos superiores aos recomendados pela Organização Mundial do Comércio (OMC), situação que, segundo as autoridades, facilitou a entrada de mais produtos chineses ao mercado argentino.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) recomendou ao governo federal que leve o caso a tribunais comerciais internacionais.

AGÊNCIA EFE
 
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