Exames realizados nos Estados do Brasil mostraram que 60% do vírus que circula no país são da gripe A. No Chile e na Argentina esse percentual é ainda maior, 90%.

Para evitar a propagação da doença, o Ministério da Saúde voltou recomendar nesta sexta, dia 24, cuidados com higiene e aglomerações de pessoas. O número de mortes no país chega a 29.

Os técnicos da saúde dizem que ainda não há comprovação de que o vírus está sofrendo mutação aqui no Brasil, mas admitem que isso pode acontecer.

Com o aumento do número de casos em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde recomendou prioridade na realização de exames para pessoas com algum fator de risco ou com sintomas de agravamento da doença, como dificuldades respiratórias. O uso do anti-viral é indicado para esses tipos de pacientes e também para pessoas gripadas e que apresentem doenças crônicas cardiovasculares, renais, pulmonares ou diabetes e obesidade mórbida. O uso indiscriminado do medicamento contra a gripe A não é recomendado.

— É bom lembrar que temos hoje, no mundo, quatro países que já foi evidenciado a resistência do vírus ao medicamento para essa nova gripe — disse o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.

O Ministério da Saúde reviu os dados sobre mortes que haviam sido divulgados no último boletim oficial. Nele apareciam cinco vítimas fatais a mais no Rio Grande do Sul em virtude da nova doença. Segundo o Ministério, um erro técnico acabou computando números errados. As mortes ocorreram, mas as causas ainda são investigadas.

O total é de 29 mortes em todo o Brasil: onze delas no Rio Grande do Sul, 12 em São Paulo, cinco no Rio de janeiro e uma no Paraná. A taxa de mortalidade da gripe A no País é de 0,015 por 100 mil habitantes.