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 | 24/07/2009 17h04min

Convênio entre Marfrig e BB prevê investimentos de R$ 50 milhões no setor de aves

Medida deve ajudar pequenos produtores e melhor a situação da avicultura paulista

Atualizada em 24/07/2009 às 19h26min Mariane de Luca | São Paulo (SP)

O grupo Marfrig assinou nesta sexta, dia 24, um convênio com o Banco do Brasil que prevê o investimento de R$ 50 milhões para ampliar a capacidade de produção de aves em vários Estados. A medida, que deve beneficiar principalmente pequenos produtores, também pode ajudar a recuperar a situação da avicultura paulista.

A assinatura do convênio reuniu autoridades do setor avícola na sede do Banco do Brasil, em São Paulo. Com os R$ 50 milhões, o grupo quer construir 744 novos aviários até 2011, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Ferais e São Paulo. A verba também será destinada a melhorias nas granjas já existentes. A idéia é que todas estejam adequadas para atender o mercado externo.

– Essa adequação é para atender a todos os mercados e não só a alguns – explica o diretor agropecuário do Marfrig, Vilnei José Milanesi.

– O Banco do Brasil continua investindo, pelo aumento da demanda e do consumo de proteína, principalmente da carne de frango, previsto no mundo para os próximos anos – diz o vice-presidente de Negócios Internacionais do Banco do Brasil, Allan Simões Toledo.

Mais de mil avicultores devem ser beneficiados com as novas linhas de crédito. Na cerimônia de assinatura, tanto o Marfrig, quanto o Banco do Brasil, já sinalizaram a intenção de ampliar o valor para até R$ 250 milhões e atingir o dobro de produtores rurais, inclusive de outras cadeias produtivas.

As unidades do grupo Marfrig no Estado de São Paulo vão ter uma espécie de "atenção especial" nesse novo investimento. Dos 744 novos aviários a serem construídos, pelo menos 130 serão no Estado. Os dirigentes explicam que a avicultura paulista foi fortemente atingida pela crise financeira global. Três empresas paralisaram as atividades e as outras reduziram em 20% a produção em função da falta de crédito e da redução das exportações. Além disso, as unidades de Amparo e Jaguariúna têm uma importância estratégica para o grupo.

– As unidades de São Paulo têm uma posição estratégica em termos de logística pois estão próximas do porto e do maior ponto de distribuição e também pela boa capacidade de aquisição de milho, principal insumo da atividade – explica Milanesi.

Só na unidade de Amparo, no interior de São Paulo, a capacidade de produção deve passar de 160 mil para 380 mil frangos por dia. No total, o grupo pretende ampliar a produção em 524 mil aves diárias, chegando até a metade do ano que vem a um milhão e meio de animais abatidos ao dia. O Marfrig é hoje o terceiro maior abatedor de frangos do Brasil e possui sete plantas industriais.

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