| 18/07/2009 12h10min
As mudanças provocadas pela construção das usinas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau já são perceptíveis em Porto Velho. Com 400 mil habitantes e cerca de 3% de coleta de esgoto, a capital de Rondônia se prepara para passar por obras que vão desde a melhoria de vias públicas até de saneamento básico, incluindo o incremento do comércio e do setor de serviços, além dos empreendimentos imobiliários. Prédios residenciais em construção são vistos por toda a cidade.
Para o prefeito Roberto Sobrinho, alguns números mostram bem o crescimento da cidade. No início de cada ano letivo, Porto Velho costumava receber cerca de 1,5 mil pedidos de matrícula. Este ano o número subiu para quatro mil. A frota de veículos também cresceu 17%, segundo o prefeito.
– Todo mundo vê que está chegando gente, mas esse dado de matrículas é um bom parâmetro do que está acontecendo na cidade – avalia.
Segundo Sobrinho, os serviços de saúde também estão sobrecarregados e por isso foi firmado um convênio com o Ministério da Saúde para construir três unidades de pronto-atendimento e colocar nas ruas mais 20 equipes do Programa Saúde da Família.
– Estamos trocando a roda com o caminhão andando. Todo mundo diz que o município tinha que ter se preparado, mas quem podia imaginar há 15 anos que nós iríamos receber empreendimentos como esses? – pergunta o prefeito diante de acusações de que o Poder Público falhou ao esperar o início das obras das usinas para estruturar a cidade.
De acordo com o prefeito, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) também está lançando edital para criar um arco rodoviário. Dessa forma, os caminhões que vão seguir para as obras não precisarão passar por dentro da cidade. Espera-se ainda que, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o esgotamento sanitário de Porto Velho passe a cobrir 70% das residências.
Diante dos investimentos, o mercado imobiliário também está aquecido. De acordo com o corretor Mauro Dionízio Milanez, gerente de vendas de uma imobiliária, a procura por apartamentos e casas para locação cresceu 50% desde que as obras das usinas começaram. As vendas também aumentaram entre 30% e 40%, segundo ele, assim como o preço dos aluguéis, que subiu 25%.
– O preço de venda dos imóveis também aumentou em 30% – calcula o corretor.
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